A transexual Gisa Ribeiro Lima, de 55 anos, foi assassinada com golpes de tijolo na cabeça por um cliente que se revoltou ao descobrir sua identidade de gênero. Ela, que era profissional do sexo, foi encontrada morta em um terreno baldio no bairro Consil, no dia 7 de abril.

O local onde o corpo foi encontrado é conhecido por ser utilizado por usuários de drogas e por ser um ponto de prostituição. A investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) conseguiu localizar o suspeito, mas ele responde em liberdade, pois não foi preso em flagrante.

Segundo a apuração da DHPP, o suspeito, cuja identidade não foi divulgada, é natural de Minas Gerais e trabalha em uma empresa terceirizada que estava prestando serviço na Capital à época do crime.

Um dia antes do assassinato brutal, ele teve um desentendimento com um colega de trabalho e saiu para se entorpecer ao ingerir bebidas alcoólicas.

Inebriado, o homem foi até a rua Professora Tereza Lobo, no bairro Consil, onde encontrou Gisa. Ao entrarem no matagal para manter relações sexuais, o suspeito descobriu que a mulher era trans e se revoltou.

Ele golpeou Gisa na cabeça utilizando um tijolo e a deixou para morrer. O corpo foi encontrado no dia seguinte por populares.

Depois do crime, o suspeito voltou ao alojamento e, em seguida, retornou para Minas Gerais em um ônibus da empresa para a qual trabalha.

Cerca de 10 dias depois, o homem veio para Mato Grosso a trabalho novamente. Mas, desta vez, foi para o município de Nobres (122 km de Cuiabá), onde foi identificado como o autor do crime pela Polícia Civil.

Em depoimento, ele confessou o assassinato.

O inquérito policial foi finalizado e o suspeito foi indiciado por homicídio qualificado. Agora, cabe ao Ministério Público oferecer denúncia contra o acusado. No entanto, como não foi pego em flagrante, responde o processo em liberdade. (HNT)