O Poder Judiciário de Mato Grosso começa, nestsa segunda-feira (21), o julgamento sobre o assassinato do empresário Toni Flor, em Cuiabá. A esposa dele, Ana Claudia Souza Oliveira Flor é acusada de ter encomendado o crime. Ela está presa desde agosto do ano passado, na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May.
No dia 17 de janeiro, o juiz Flávio Fernandes Miraglia, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, agendou cinco dias para as audiências, onde as testemunhas e os acusados serão interrogados.
A morte de Toni foi registrada em agosto de 2020. No entanto, as investigações apenas apontaram a autoria do crime em meados de 2021, quando a Polícia Judiciária Civil chegou à conclusão de que Ana Paula mandou matar o próprio marido. O crime foi encomendado por R$ 60 mil, mas apenas R$ 20 mil foram pagos.
De acordo com o magistrado, para segunda-feira (21) ficou agendado o interrogatório de sete testemunhas, entre elas o delegado Marcel Gomes de Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), responsável pelas investigações do caso.
Para a terça-feira (22), mais sete testemunhas devem ser ouvidas. Entre as pessoas a serem ouvidas está a mãe de Toni.
Na quarta-feira (23) está previsto para as testemunhas de defesa dos acusados Dieliton Mota da Silva e Igor Espinosa e na quinta-feira (24) para as testemunhas de defesa de Ana Claudia e Wellington Honoria Albino.
Já na sexta-feira (25) ficou marcado para interrogatório dos acusados. Ainda consta na decisão, que as audiências serão realizadas de forma presencial para todas as testemunhas, tirando apenas os acusados que estão reclusos em penitenciárias do Estado.
Relembre o caso
A Polícia Civil de Mato Grosso esclareceu que Toni e Ana Cláudia estavam casados há 15 anos, mas já não estavam se entendendo em razão de traições de Ana Cláudia. Pouco antes de ser morto, Toni teria dito a esposa que queria a separação, no entanto, Ana planejou o crime para ficar com todos os bens do empresário.
Com a ajuda da “melhor amiga”, a manicure Ediane Aparecida da Cruz Silva, a acusada conseguiu o telefone de Wellington Honorio Albino que, por sua vez, com o auxílio de seu amigo Dieliton Mota Da Silva, “terceirizou” o serviço homicida praticado por Igor.
Todos os envolvidos foram convencidos de que receberiam a quantia de R$ 20 mil cada, para a execução de Toni. No dia do crime, Igor recebeu sua parte.
Toni foi morto com cinco tiros na porta de uma academia na Capital. Na época, ele chegou a ser socorrido, mas morreu dias depois.
Quase um ano após o crime o delegado Marcel de Oliveira, da DHPP, deflagrou a primeira fase da operação Capciosa onde prendeu o atirador.
Por meio do depoimento dele foi possível chegar aos demais envolvidos. No último dia 03, o Ministério Público Estadual denunciou os acusados por envolvimento no homicídio.
(Fonte: Repórter MT)