Dois dias depois de acusar três jogadores do Botafogo-SP que estão sendo investigados pela Policía Civil por suposto estupro, Alcimara, que não quer ter o sobrenome divulgado, afirmou que passou a receber ameaças pelas redes sociais. Nesta sexta-feira (30), a vítima registrou boletim de ocorrência após receber mensagens agressivas em sua conta no Instagram.
“Recebi ameaças quando fui abrir o Instagram, (o perfil) estava aberto. Chegaram duas ameaças de perfis fakes, a polícia ainda não sabe de quem é. Fui à delegacia agora à tarde, fiz a ocorrência. São perfis diferentes, mas as mensagens são parecidas”, contou a vítima, ao portal “ge”.
Alcimara disse, ainda, que a Polícia Civil a orinetou a não sair da cidade do Rio do Janeiro. Enquanto isso vem recebendo assistência de organizações não governamentais (ONGs) que atendem mulheres vítimas de violência de gênero e estupro.
“Nem saio de casa, minhas filhas não estão indo à escola, mudou totalmente, não estou fazendo nada do que fazia antes. Minha família é de Manaus, e comprei minha passagem para voltar no começo deste mês, antes do que aconteceu. Eu nem posso ir antes, o delegado disse que não posso sair agora, tem de esperar o processo”.
A mulher afirmou que houve contato algum do Botafogo-SP e que João Diogo, um dos suspeitos, enviou mensagens de celular ao amigo dela que estava na boate onde conheceu os jogadores.
Entenda o caso
João Diogo, Dudu e Lucas Delgado, jogadores do Botafogo-SP, foram acusados de estuprar e agredir uma mulher no último domingo (25), no Rio de Janeiro. Segundo a vítima, o crime teria ocorrido após a vitória do time paulista contra o Volta Redonda, que garantiu o acesso do Botafogo-SP para a Série B de 2023.
De acordo com o Boletim de Ocorrência realizado pela mulher, ela trocou beijos com o argentino Lucas Delgado, em uma casa de festa na zona oeste carioca. Posteriormente, foi com o jogador para o hotel onde estava a delegação do Botafogo-SP, próximo ao aeroporto Santos Dumont. No local, eles tiveram uma relação sexual, sem o uso de preservativo, contrariando a vontade da mulher. (Jogada 10)