Uma motorista de aplicativo, de 40 anos, foi brutalmente espancada durante um assalto, neste final de semana,  em Tangará da Serra – distante 247 quilômetros a noroeste de Cuiabá. Com medo de morrer, a mulher fingiu desmaio e foi jogada em um rio da região.

A vítima recebeu um pedido de corrida de quatro homens menores de idade. Durante o trajeto, eles, armados, anunciaram o assalto, a colocaram no banco de trás e a torturaram, dizendo que a matariam. Segundo a polícia, eles queriam o carro dela, um Hyundai HB20, além de dinheiro e do celular.

Nas proximidades do rio Sepotuba, eles começaram a bater na vítima que, para evitar mais agressões, fingiu ter desmaiado. Os adolescentes viram que ela não reagia e resolveram parar o carro em cima da ponte, de onde a jogaram no rio.

“Ela fingiu que estava morta porque eles bateram muito nela. Ela estava com medo de eles voltarem e baterem nela de novo. Foi a única saída. Ela está muito abalada com isso tudo”, contou o amigo da vítima Guto Talini, que também trabalha como motorista de aplicativo.

Os agressores fugiram com o carro. A motorista, bastante machucada principalmente no rosto, saiu da água e pediu socorro aos moradores de um sítio. Ela foi levada para o hospital municipal para receber atendimento médico, mas não ficou internada.

A Polícia Militar de Mato Grosso foi acionada e realizou buscas pela região, mas não encontrou os menores. Horas depois, no entanto, câmeras de segurança flagraram três dos quatro envolvidos no crime na cidade vizinha de Nova Olímpia. Nas imagens, eles quebrem a vitrine de uma relojoaria, de onde levam vários objetos.

Segundo o boletim de ocorrência, em seguida eles voltaram a Tangará da Serra. Os policiais encontraram o carro em alta velocidade e deram ordem da parada. O condutor não obedeceu e bateu em uma árvore. Os ocupantes abandonaram o veículo e fugiram.

Os quatro, no entanto, foram detidos. Segundo a PM, dois menores foram encontrados próximo a uma região de mata e os outros dois, em residências. Eles foram encaminhados à delegacia da cidade, onde teriam confessado a participação nos crimes, e agora estão à disposição da Justiça.

A reportagem   entrou em contato com a vítima, mas as ligações não foram atendidas. Os pertences dela foram recuperados pelos policiais.