Uma mulher foi vítima do próprio vizinho e ficou três dias em cárcere privado, amarrada e sendo estuprada, em Rondonópolis (219km de Cuiabá). Durante este período, ela foi obrigada a se comunicar com familiares e dizer que estava tudo bem. Só conseguiu fugir quando sua irmã, desconfiada, foi até sua casa. Ela saiu correndo na noite da última sexta-feira (5) e procurou a delegacia.
Segundo informações da Polícia Militar, a mulher foi sequestrada às 8h da última quinta-feira (4), quando saía para trabalhar em um frigorífico. Neste momento, seu vizinho a agarrou e a levou de volta para dentro de casa. Logo atrás, chegou um comparsa dele.
Os dois, então, colocaram uma venda nos olhos da vítima, cortaram seus cabelos e a amarraram. Ela contou à Polícia que durante os três dias em que ficou em cárcere, foi estuprada diversas vezes. Os bandidos ainda a obrigaram a passar as senhas de seu cartão de banco, email e desbloqueio do celular.
A vítima contou aos policiais que havia, ainda, uma terceira pessoa com quem os suspeitos conversavam pelo telefone para passar os dados. Durante os três dias, a vítima disse aos familiares e amigos que estava “indisposta”, mas sua irmã desconfiou que algo não estava certo.
A irmã foi até a casa da vítima. A mulher, então, foi obrigada a dizer para que ela fosse embora e voltasse outro dia, mas a irmã não aceitou. Neste momento, os suspeitos obrigaram a vítima a abrir a porta e dizer que a irmã entrasse, junto ao sobrinho, de seis anos. Neste momento, ela conseguiu sair correndo, junto com os familiares.
Os suspeitos ficaram na casa da vítima. Ela contou aos policiais que um dos suspeitos, chamado Dione, estava o tempo todo de capuz, e podia ser reconhecido somente pela voz e pelos pés, por ser seu vizinho. Ela disse, ainda, que ele sempre a aliciava, e já havia chegado a dizer que arranjaria um emprego para ela caso eles tivessem um caso.
Os policiais foram até o local, onde encontraram o suspeito dentro da casa. O local foi isolado e a Polícia Judiciária Civil (PJC) foi acionada. A vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para a Santa Casa. Os outros envolvidos estão foragidos. O caso será investigado pela Polícia Civil.