Após tentar matar o ex-namorado em um quarto de motel, em Santos, no litoral de São Paulo, uma mulher, de 29 anos, foi condenada a 6 anos de prisão. De acordo com o processo, ela teria feito o rapaz ingerir alguns comprimidos enquanto ele estava amarrado a uma cadeira erótica. Além disso, ela o esfaqueou na nuca e nas costas.
O caso ocorreu em maio de 2015, dez dias depois do casal por um fim ao relacionamento de três anos e meio. Segundo o relato dele para as autoridade, a acusada pediu uma última noite com ele, e ambos foram até um motel localizado na Vila Mathias. Eles jantaram, conversaram sobre o relacionamento, e em determinado momento, ela disse que queria realizar uma fantasia sexual, com o homem amarrado.
Ele consentiu, e foi amarrado nos pulsos e nas pernas em uma cadeira erótica, com lacres plásticos. Enquanto estava amarrado, ela começou a ameaçá-lo com uma faca, e tirou vários medicamentos da bolsa, além de uma seringa. A mulher o fez ingerir nove comprimidos.
Conforme o depoimento, a todo momento, a vítima pedia para que a ex a soltasse, mas a mulher dizia que era tarde, e que “se ele não fosse dela, não seria de mais ninguém”. Em dado momento, quando ele conseguiu soltar uma das pernas, ela tentou usar a seringa nele, mas ele correu com a cadeira, momento em que foi esfaqueado pela jovem na nuca e outras partes das costas.
Em seguida, a vítima conseguiu se soltar e tomou a faca dela, ligando, em seguida, para a recepção. Em depoimento, o gerente do local afirmou que ouviu gritos de socorro e encontrou a vítima sangrando e com uma faca na mão. A jovem foi presa em flagrante pela Polícia Militar.
Ela alegou que agiu em legítima defesa, pois o rapaz teria partido para cima dela. No entanto, o júri desconsiderou a tese da defesa da mulher, ela foi condenada a seis anos em regime fechado.
O advogado Uriel Pinto de Almeida, assistente de acusação da mulher, afirmou que considera a pena baixa. “Pelo fato das qualificadoras, mas o conselho de sentença é soberano. O júri decidiu por afastar as qualificadoras no presente caso. A defesa e acusação vão analisar se vão interpor algum recurso”, declarou.
O Terra não conseguiu localizar a defesa da acusada. (Terra)