Mato Grosso registrou 1.072 casos de mortes violentas intencionais em 2022. Já em 2021, foram confirmadas 889 ocorrências. Esse número representa um aumento de 20% em relação ao ano anterior. Os dados são da 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública publicado, nesta quinta-feira (20).

O anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) traz dados sobre o cenário da criminalidade no país.

De acordo com o estudo, dentre os tipos de mortes violentas intencionais, em destaque, o homicídio doloso teve um aumento de 47 casos em 2021 para 61 no ano passado no estado. Além disso, a lesão corporal seguida de morte também aumentou de uma para duas ocorrências na capital.

Em relação ao número de feminicídios, houve queda, passando de cinco para dois casos em 2022. Segundo o anuário, os dados podem não refletir toda a realidade, já que há subnotificação desses crimes.

Mato Grosso também registrou 726 casos de maus-tratos contra crianças e adolescentes no ano passado, o que representa um aumento de 10%. Além disso, também houve o crescimento nas mortes desse grupo, que passaram de 33 em 2021 para 55. Os dados representam um crescimento de 67%.

Segundo o anuário, o município de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, está em 6º lugar entre as 50 cidades mais violentas do país, com população acima de 100 mil habitantes.

Violência doméstica e sexual em foco

Os números relacionados à violência doméstica e sexual também são motivo de atenção. Em 2022, foram registradas 11.415 ocorrências de lesão corporal dolosa em contexto de violência doméstica no estado.

O stalking, caracterizado como perseguição, apresentou um crescimento expressivo, passando de 751 casos em 2021 para 1.227 no ano passado, o que representa um aumento de 63%.

Aumento expressivo no registro de armas

Um dos principais destaques do anuário é o aumento exponencial do registro de armas em Mato Grosso.

Em 2017 foram registradas 19.978 armas, em 2022 esse número saltou para assustadores 92.501, representando uma variação de 363% em relação ao ano anterior.

Outro dado relevante é o número de armas com registro expirado, que se manteve constante em 27.978, alertando para a necessidade de aprimorar o controle e a fiscalização dessas armas.

(G1MT)