As denúncias da funcionária cerimonialista da CBF contra Rogério Caboclo serão analisadas pelo Ministério Público do Trabalho. O órgão comunicou abertura de procedimento nesta segunda-feira, depois de tomar conhecimento do teor das gravações revelados pelos repórteres Gabriela Moreira e Martín Fernandez, no ge e no Fantástico.
No comunicado o MPT lembra que violência e assédio, segundo convenção da Organização Internacional do Trabalho, “são intoleráveis no ambiente de trabalho” e geram danos físicos, psicológicos, sexuais ou econômicos para a vítima.
Rogério Caboclo está afastado da CBF, preventivamente, por 30 dias — Foto: Arquivo/CBF
O procurador do Trabalho que coordena o caso e vai comandar a abertura do procedimento é o procurador Artur de Azambuja. Ele quer ouvir a funcionária que denunciou Caboclo. O MPT lembra ainda que assédio sexual “está tipificado como crime no art. 216-A do Código Penal brasileiro (Decreto-lei 2848/40).”
Nesta segunda-feira, Rogério Caboclo se pronunciou pela primeira vez, sem notas oficiais. Ele disse à ESPN que é inocente e vai provar em sua defesa na Comissão de Ética do Futebol Brasileiro. Garantiu que tem o apoio da esposa, do filho, dos pais e da ex-mulher.
Caboclo, de 48 anos, foi afastado preventivamente por 30 dias em rápida análise do caso da Comissão de Ética, criada em 2017 na CBF. O processo a partir de agora tem escolha de relator, produção e análise de provas e depoimentos, depois um relatório e, finalmente, novo julgamento. (Globo Esporte)