O Ministério Público Estadual (MPE) pediu a prisão do ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, condenado em ações penais da Operação Sodoma que investigava o desvio de dinheiro dos cofres públicos por meio da concessão fraudulenta de incentivos fiscais a empresários. O documento foi assinado pelo promotor de Justiça Rubens Alves de Paula, no dia 31 de agosto.

O pedido deve ser analisado pela juiz Leonardo Pitaluga, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá.

O G1 tenta localizar a defesa de Pedro Nadaf.

O crime, investigado na Operação Sodoma I, ocorreu durante a segunda gestão do então governador Silval Barbosa, entre os anos de 2011 e 2014. O delator do esquema foi o empresário João Rosa, um dos sócios do grupo Tractor Parts, que posteriormente passou a ser ouvido no processo na condição de vítima.

À época, Pedro Nadaf foi condenado a sete anos e dois meses de prisão, além do pagamento de 284 dias-multa, por formação de organização criminosa, concussão (extorsão praticada por funcionário público) e lavagem de dinheiro – mesmos crimes imputados ao ex-governador.

Ele foi o primeiro réu a firmar acordo de delação premiada e confessar participação no esquema.

O Ministério Público pediu a unificação das penas e a fixação do regime fechado para o cumprimento da pena.

“Nesta toada, o parquet pugna ainda pela expedição de mandado de prisão em desfavor do penitente Pedro Jamil Nadaf, tendo em vista que deverá dar início ao cumprimento de pena em regime fechado, ante o resultado da somatória das condenações”, diz o promotor de Justiça.