O juiz Wladymir Perri absolveu sumariamente a bióloga Rafaela Screnci que estava sendo julgada pelo atropelamento de três jovens em frente à boate Valley, na avenida Isaac Póvoas, em 2018. Segundo magistrado, as vítimas assumiram o risco do acidente.

A decisão de sexta-feira (16) levou em consideração os laudos periciais que foram anexados no embargo de declaração. Rafaela estava sendo acusada de dirigir embriagada e em alta velocidade.

“As vítimas, notoriamente, assumiram um risco proibido na utilização da via pública, violando completamente o princípio da confiança que deve ser observado entre os seus usuários”, diz um dos trechos da decisão.

“Por mais trágicos e chocantes que tenham sido os fatos, é inconcebível imaginar que, três jovens, com perfeitas condições de saúde, tenham se proposto a realizarem uma travessia de uma via colateral, ignorando os veículos que nela trafegavam, parando, recuando, dançando sobre a pista de rolamento, sem se importar com as próprias integridades físicas”, afirma outro trecho do documento.

Entenda o  caso

Hya Girotto, Ramons Alcides Viveiros e Myllena Lacerda Inocêncio foram atingidos pelo carro Renault Oroch, dirigido pela professora Rafaela Screnci. Após o acidente, que aconteceu na manhã de 23 de dezembro de 2018, o trio foi socorrido e encaminhado ao Pronto Socorro de Cuiabá (PSMC) para receber atendimento médico. No entanto, Myllena não resistiu aos ferimentos e morreu pouco tempo depois de dar entrada na unidade de saúde.

Hya foi levada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do PS. Na quinta-feira (27), ela foi encaminhada ao Hospital Geral Universitário (HGU) após uma liminar da juíza lza Yara Ribeiro, plantonista da Terceira Vara Especializada de Família e Sucessões.

Já Ramon foi levado ao Hospital Amecor no qual ficou internado por cinco dias, quando foi constatada morte cerebral.