O motorista de aplicativo identificado como H., acusado de tentar entrar num motel com uma passageira, negou as denúncias e disse que possui meios de provar que o fato contado pela jovem de 22 anos é uma grande farsa. O homem disse que de fato realizou uma corrida com a cliente.
No entanto, não foi na data em que a mulher alega ter ocorrido o crime. Segundo o registro da ocorrência feito pela mulher, o assédio aconteceu nas proximidades da Avenida Beira Rio, em Cuiabá, na última segunda-feira (02).
Segundo a jovem, a viagem teve início em frente ao Hospital Jardim Cuiabá, com destino à sua residência, na região do Coxipó. Acontece que durante o trajeto, o homem teria parado o carro na entrada do Motel Kital, e dito coisas como “Deixa eu te mostrar uma coisa” e “Vou te chupar todinha”.
Ainda segundo a mulher, ao perceber a intenção do suspeito, ela desceu do carro e entrou no motel, onde pediu ajuda. Já o suspeito fugiu.
A versão da vítima foi registrada na Delegacia Especializada da Mulher de Cuiabá, que está investigando o crime. Já o acusado contou uma versão totalmente diferente.
Apesar de confirmar ter realizado a corrida para a cliente, disse que a acusação pode fazer parte de uma “modinha”, golpes que estão sendo aplicados contra motoristas de aplicativos para extorqui-los depois. “Eu só tive conhecimento das acusações após o fato ter sido divulgado no programa Cadeia Neles. Eu fiz uma corrida para essa mesma mulher, mas a data que ela informa durante a entrevista e no boletim de ocorrência não coincidem. Eu a peguei no serviço e a deixei na casa dela. Não fizemos nenhuma parada”, disse o rapaz.
O profissional ainda pede que se busquem câmeras do motel. “Sse a polícia puxar as câmeras de segurança do motel, não vão encontrar imagens do meu carro porque isso não aconteceu comigo. No entanto, ela expõe meu nome e da minha família com essas acusações falsas”, afirmou o motorista.
O fato é que o que motorista do aplicativo disse se confirma. A jovem apresenta algumas contradições em seu depoimento.
Isso porque na entrevista concedida à equipe de reportagem do Cadeia Nele, a jovem fala que o veículo seria um Sandero branco e ainda mostra a rota do trajeto por outro aplicativo que não é o da corrida, que seria o POP 99. Já no boletim um de ocorrência consta que o carro seria um Ônix de cor prata.
As denúncias estão sendo investigadas. O acusado disse que ainda não foi ouvido, apesar de já ter procurado a delegacia.