A atriz Claudia Jimenez morreu na manhã deste sábado (20.08) no Rio de Janeiro, aos 63 anos de idade. Ela estava internada em um hospital, após ter passado por, pelo menos, três cirurgias no coração, que ficou enfraquecido por causa da radioterapia para tratar um câncer no tórax.
Em sua carreira artística, Claudia interpretou vários personagens ícones e que ficaram na memória do povo. Entre elas, a Dona Cacilda, da “Escolinha do Professor Raimundo”, e de Edileuza, de “Sai de Baixo”. O velório será neste sábado, das 12h às 16h30, no Salão Celestial do Memorial do Carmo, no Caju.
Filha de um cantor de tangos e caixeiro viajante e uma enroladora de bala de coco, Cláudia Maria Patitucci Jimenez nasceu na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, em 1958. Ela fez o curso normal, com especialização em maternal e jardim de infância, e já na juventude se dedicou ao teatro amador.
CARREIRA – Sua estreia no teatro profissional foi em 1978, na peça “Opera do Malandro”, de Chico Buarque, em que viveu a prostituta Mimi Bibelô. Foi o diretor Mauricio Sherman que a levou para a TV Globo. Nos anos 1980, Claudia participou da abertura do programa “Viva o Gordo”, de Jô Soares, e deu vida à insaciável Pureza, mulher de Apolo, do bordão “Ainda morro disso!”, em “Chico City”.
A partir de 1990, Claudia Jimenez viveu Dona Cacilda, uma das alunas da “Escolinha do Professor Raimundo”, com o “professor” Chico Anysio. Com Cacilda, emplacou outro bordão: “Beijinho, beijinho, pau, pau”. Esse papel lhe rendeu o Troféu APCA de melhor atriz comediante em 1991.
Em 1996, Claudia deu vida a mais uma personagem que marcaria sua carreira: a doméstica Edileuza, de “Sai de Baixo”. Seus embates com Caco Antibes, de Miguel Falabella, eram hilários.
A atriz também fez novelas. Foi a Bina de “Torre de Babel” (1998), a Dagmar de “As Filhas da Mãe” (2001), a Consuelo de “América” (2005), a Custódia de “Sete Pecados” (2007), a Violante de “Negócio da China” (2008), a Zélia de “Além do Horizonte” (2013) e a Lucrécia de “Haja Coração” (2016).
No cinema, atuou em “Gabriela, Cravo e Canela” (1983), “Ópera do Malandro” (1986) e Os Trapalhões no Auto da Compadecida (1987). Também dublou a Ellie de “A Era do Gelo”. Com a Bia de “O Corpo” (1991), ganhou como melhor atriz no Festival de Brasília. Seu último papel foi a Bibiana do quadro “Infratores”, no Fantástico, em 2018.
Fonte: j1agora