Moradores do Distrito de Guariba, na cidade de Colniza (1.065 km de Cuiabá), fizeram uma manifestação em frente à delegacia do município para cobrar explicações sobre uma possível tortura sofrida por um morador. Os abusos teriam acontecido durante a operação Amazônia, deflagrada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Polícia Militar, Exército Brasileiro. Tanto operação quanto manifesto ocorreram nesta quarta-feira (21).

Um vídeo gravado pelos próprios moradores mostra o momento que a vítima abaixa as calças e mostra as nádegas roxas com sinais de espancamento. Os moradores relataram que além da violência física, a vítima também sofreu tortura psicológica.

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Os policiais conversaram com os manifestantes para saber de que se tratava as acusações imputadas. Os PMs orientaram os manifestantes a registrarem um boletim de ocorrências, mas o grupo se negou.

Outro lado:

Por meio de nota, o Sindicato dos Servidores Públicos da Carreira dos Profissionais do Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso (Sintema-MT), diz ser contrário a qualquer tipo de violência e que defende uma apuração dos fatos.

O Sindicato reforça a importância da fiscalização em desmatamentos e queimadas ilegais, e que podem ser intensificadas com o aumento da força de trabalho da Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT).

Confira abaixo a nota na íntegra:

Com noticia propagada pela imprensa sobre à possível agressão sofrida por dois moradores durante a Operação Amazônia, realizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT), Polícia Militar, Exército Brasileiro e Órgãos Ambientais, no Distrito de Guariba, em Colniza MT localizado  a 1.060 km de Cuiabá, o Sindicato dos Servidores Públicos da Carreira dos Profissionais do Meio Ambiente do estado de Mato Grosso (Sintema-MT), vem a publico se manifestar no sentido de esclarecer que os servidores que compõem o Sindicato não fazem  uso de armamentos e também repudiam o uso da violência.

“O Sintema apoia a apuração dos fatos e é contrário ao uso de violência aplicado na fiscalização. Mas para que ocorra o esclarecimento dos fatos, há necessidade de se apresentar uma denúncia formal“ afirma o presidente do Sintema-MT, Carlos Augusto.

O Sindicato reforça a importância da realização das fiscalizações de desmatamentos e queimadas ilegais, e que podem ser intensificadas com o aumento da força de trabalho da Sema, ou seja, com mais servidores concursados.

Os analistas ambientais e técnicos trabalham na sede da Sema em monitoramento por satélite, observando os desmatamentos e queimadas, que ao identificarem, acionam equipes da fiscalização para as operações in loco com o intuito de diminuir/cessar os crimes ambientais.