Considerado marco pós-contemporâneo para os registros históricos da Capital de Mato Grosso, principalmente do século XX, a Revista Almanaque Cuyabá acaba de ser incluso no acervo do Palácio Pascoal Moreira Cabral. A coleção completa foi entregue em mãos ao presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Misael Galvão (PSB), pelo jornalista Benjamin Franklin, editor da publicação.

Os arquivos estarão à disposição para consulta popular e pesquisas, com os demais compêndios do Poder Legislativo da Capital. “É importante que a história de Cuiabá seja contada de forma didática e para fácil entendimento. E creio que o Almanaque faz isso com rara competência”, citou Misael.

Benjamin Franklin Lira de Araújo explica que a  publicação, nascida em 2015, em forma de revista, é inspirada nos antigos almanaques que povoaram a memória de milhões de brasileiros. Sempre com textos leves, criativos e recheados de assuntos de cultura popular e de interesse permanente, a revista era distribuída mensalmente.

Além do impresso, não há como acessar os textos no site www.almanaquecuiaba.com.br sem se surpreender com a história da Cidade Verde. “As boas histórias para contar sobre Cuiabá e Mato Grosso; nunca faltarão”, observou Benjamin, que, além de jornalista, também é professor e pesquisador cultural.

Benjamin Franklin enfatizou a importância de sua visita a Misael Galvão, pelo fato de o Poder Legislativo estar associada à história da cidade.

“Misael Galvão representa um Poder que está no seio do centro Centro Geodésico da América do Sul e conta com 25 vereadores que representa cada canto da cidade, onde a publicação pode chegar com maior rapidez, através das redes  de relacionamento dos vereadores”, pontutou ele.

Praça Moreira Cabral

O local que abria a Câmara de Cuiabá ficou conhecido como Campo D’Ourique, advindo de uma tradicional Vila de Portugal, no Alentejo. Segundo a história, foi no Campo D’Ourique que se travou a famosa batalha de Dom Afonso Henrique contra os Mouros, em julho de 1139.

No ano de 1834, o Campo D’Ourique cuiabano foi o palco onde se reuniram os revoltosos do movimento denominado Rusga, uma revolta dos nativistas cuiabanos contra a então classe dominante formada por ricos portugueses. Antes desse episódio, o espaço era utilizado para execução dos condenados à morte por enforcamento. Daí a explicação do locar ter chamado por décadas de largo da Forca. mas tarde, ali ocorreram as então tradicionais e disputadíssimas touradas, que também eram um costume português.