O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) disse na última quinta-feira (3), no programa Roda de Entrevista, da TV Mais News (17.1), que sua maior obra à frente da Prefeitura de Cuiabá foi ‘ter colocado a educação pública no eixo’. Isso sem contar que ele construiu a segunda maior avenida da capital, a Avenida das Torres, iniciou o Rodoanel deixando 10 km prontos, além de colocar em dia os salários dos servidores e de acabar com a falta d´água na capital com a construção da ETA Tijucal.
Wilson foi prefeito de Cuiabá de 2005 e 2010. Dois anos antes de deixar o cargo para concorrer ao Governo do Estado, ganhou o prêmio de ‘Prefeito Amigo da Criança’, da Fundação Abrinq. A iniciativa reconhece as boas práticas, a vontade política e a capacidade dos municípios em promover ações e políticas públicas que priorizem a infância e a adolescência.
Quando assumiu a Prefeitura, Cuiabá estava na 19º posição do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) entre as 27 Capitais. Três anos mais tarde, saltou para a 7º posição. Ele afirma que “se tivesse terminado o mandato, Cuiabá estaria entre as quatro melhores Capitais na educação municipal do país”.
O deputado considera o “Novo Ensino Médio” uma boa ferramenta para melhorar a educação publica. O programa prevê ensino técnico integral para todos os estudantes. Contudo, Wilson acredita que é preciso respeitar a diversidade, pois “nem todos os estudantes querem ser técnicos. Alguns preferem cursar o científico e se prepararem melhor para o vestibular”.
Wilson fala com segurança, afinal é professor e criador do Cuiabá-Vest, curso pré-vestibular gratuito voltado aos estudantes que buscavam melhor formação para prestar o vestibular e chegar à universidade pública. Para ele, a grande vantagem do novo método é o ensino em tempo integral.
Em São Paulo, por exemplo, o govenador João Dória (PSDB) conseguiu avançar de 130 mil estudantes na educação em tempo integral, em 2018, quando assumiu o Governo, para mais de 1 milhão em 2021; o que teria trazido grande ganho para educação pública.
O deputado lembrou que cursou ensino médio na antiga Escola Técnica Estadual, hoje Instituto Federal de Mato Grosso, formando-se técnico em estradas.
“O ensino técnico dá ao estudante uma profissão da qual pode tirar seu sustento e até mesmo investir em qualificação para melhorar sua condição de vida sem a necessidade do ensino superior. Contudo, nem todos querem isso; alguns estudantes preferem o curso científico para que estejam melhor preparados na hora de prestar o vestibular. E isso tem que ser respeitado”, disse.
Mato Grosso conseguirá implantar o novo sistema nos próximos três anos, tempo estimado pelo Governo Federal, acredita o deputado. Ele frisou que o governador Mauro Mendes (DEM) tem colocado muito dinheiro na educação, o que pode facilitar o processo. O orçamento para este ano é de R$ 3,3 bilhões.
“O Governo tem investido pesado na formação dos professores. Concedeu um computador para cada e paga internet para todos eles. Vem construído e reformando as escolas da rede. Implantou o sistema de apostilas para os estudantes, o mesmo utilizado nas melhores escolas privadas. Acredito que o Estado tem condições financeiras e técnicas para implantar esse novo sistema com qualidade”.
Wilson informou que encaminhou uma proposta à Assembleia Legislativa para que a retenção de alunos seja uma realidade no ensino público. Ou seja, reprovação daqueles que não conseguirem bom desempenho nas séries que cursam. “A progressão automática é um grande mal e uma das responsáveis pelos baixos índices na educação pública”. Mato Grosso está em 22º lugar no IDEB em relação ao ensino médio, desde 2019.