A dor e a revolta marcam o luto de Noemi Gabriel, mãe de Gabrieli Daniel Sousa de Moraes, de 31 anos, assassinada pelo próprio companheiro, o policial militar, Ricker Maximiano, no último domingo (26), no bairro Praeirinho, em Cuiabá. Gabriele foi velada e sepultada no estado do Pará, nesta quarta-feira (28). Ao ver a filha morta, Noemi disse que não reconheceu o corpo.
“Ela chegou deformada. Cortaram até o cabelo da minha filha”, contou num desabafo marcado por indignação e exigência de justiça.
“Se ele só tivesse atirado nela, já seria dolorido. Mas o que ele fez foi monstruoso. Espancou minha filha de uma maneira que nem com um animal se faz isso. A cabeça toda quebrada, os braços cortados. Que ódio é esse? Por que tanta crueldade?”, relatou a mãe, inconformada. A brutalidade do crime deixou toda a família abalada.
“Minha família é grande, muitos tios, sobrinhos, primos. Todo mundo ficou horrorizado ao ver o corpo dela no caixão. Não é possível que ele fique impune”, clamou Noemi. Segundo ela, Gabrieli era uma jovem estudiosa, dedicada aos filhos, à casa e ao relacionamento. “Esse animal só vestia roupa passada, ela não deixava faltar nada. Estava prestes a se formar em Enfermagem. Ele destruiu o sonho dela”.
Noemi, que mora no Pará, disse que nunca imaginou que o homem que sua filha conheceu e com quem teve filhos seria capaz de tamanha crueldade. “Ele se transformou em um bicho, num monstro. Não pensou nos filhos, nem na própria mãe. Um ser desses não pode viver em sociedade, tem que ser trancado e jogada a chave fora”.
A família cobra uma punição exemplar. “Ele não pode mais ver os filhos, não pode ter contato nenhum com essas crianças. Minha filha era frágil, mas sonhadora. Tinha um futuro lindo pela frente. Nós queremos justiça. E se a justiça da Terra falhar, confio que a justiça de Deus será feita”, afirmou Noemi.
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(HNT)