O deputado estadual Allan Kardec, pré-candidato a deputado federal pelo PSB, afirmou que está imbuído do propósito de ajudar a médica e pré-candidata ao Senado Federal, médica Natasha Slhessarenko, a ocupar a cadeira destinada a Mato Grosso em Brasília. A declaração foi dada em reunião realizada em Cuiabá, com apoiadores, que contou ainda com a presença do presidente estadual do PSB, deputado Max Russi, pré-candidato à reeleição.
“Acredito na Natasha, acredito nesse time que foi montado pelo Max para a disputa desse ano. Por isso não saí à reeleição e estou encabeçando essa disputa à Câmara Federal. Essa equipe está 100% no projeto da doutora Natasha. Estamos construindo juntos um novo futuro para o estado. Se muito foi feito, mais vale o que virá”, disparou Kardec.
Doutora Natasha salientou que nunca pertenceu à política partidária, mas neste ano resolveu se colocar à disposição por acreditar que é possível fazer uma política diferente. “O país precisa de alguém, o nosso estado precisa de alguém que olhe para outras causas como a causa da saúde, da educação, a causa da mulher, da criança, do idoso, do adolescente. A causa do jovem, que não tem perspectiva. É importante que a gente tenha esse olhar, que leve para dentro do Senado da República esse olhar da perspectiva feminina”, disse.
A pré-candidata analisou que em 20 anos o número de mulheres no Senado da República permanece o mesmo. Em 2002, dos 81 senadores, 13 eram mulheres. Hoje o número continua igual. Isso porque a suplente Margareth Buzetti (PP) assumiu a cadeira de Mato Grosso com a licença do senador Carlos Fávaro (PSD).
“Gostaria de me colocar à disposição para ser uma opção para as pessoas votarem. Quem está cansado dessa política de gente de muito tempo, sempre os mesmos, defendendo sempre os mesmos segmentos, mas Mato Grosso é muito mais que o agronegócio. O agro é importantíssimo para trazer comida para a nossa mesa, gerar emprego, mas além do agro temos outros problemas que são muito urgentes e muito importantes. A gente tem a inflação que está corroendo o poder de compra, temos o desemprego”, argumentou ela.
“Apesar de sermos o segundo estado com menor taxa de desemprego, temos uma mão de obra que está precisando ser qualificada. A gente precisa ter alguém que olhe o SUS com olhos de quem entenda do SUS, porque é um grande programa, um grande sistema de saúde, mas o SUS está na UTI. A gente precisa ir lá para dentro e entender o que está acontecendo, fazer um choque de gestão, trazer mais recursos para o SUS, que está congelado há mais de 10 anos o teto da saúde em R$ 240 bilhões e eu me coloco à disposição para isso”, justificou Natasha.
Outra motivação para ingressar nessa nova empreitada é a indignação pela falta de esperança das pessoas na política. “E eu me coloco como uma pré-candidata que está realmente determinada a sair do meu conforto aqui na arquibancada e ir para campo para muito bem representar e honrar cada um de vocês. Para isso é preciso ter esperança e coragem. O dia que a gente perder a esperança, a gente pode morrer”, emendou ela.