Uma menina de 2 anos morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), nesse sábado (18), em Sinop, distante 509 quilômetros ao norte  de Cuiabá. Ela estava em estado grave e aguardava por uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, mas depois de esperar por uma hora até encontrarem um leito disponível, acabou não resistindo. A causa da morte não foi divulgada.

A prefeitura do município informou, em nota, que a transferência da menina para um hospital estadual de referência foi buscado por meio do sistema de regulação, no qual foi encontrado uma vaga disponível na unidade de Cáceres, distante 225 qulômetros a oeste da  Capital.

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A menina recebeu os cuidados semi-intensivos necessários, segundo a prefeitura. Contudo, o quadro clínico dela evoluiu rapidamente.

Os atendimentos em UTIs pediátricas deveriam ter iniciado em 7 de fevereiro deste ano, com validade de um ano, mas o serviço ainda não é ofertado no município.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que a região Teles Pires é assistida com leitos intensivos pediátricos em Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá, considerada referência na região.

Segundo a SES, o Hospital Regional de Sinop irá remanejar 30 novos leitos de enfermaria, com o objetivo de dar celeridade às demandas por cirurgias eletivas e a secretaria ainda apontou que a prefeitura pode abrir leitos pediátricos para suprir as necessidades locais.

Outro caso

Manuella Tecchio, de 3 anos, morreu na quarta-feira (8) após receber atendimento em uma UPA, em Sinop. Ela foi liberada para casa depois de passar por alguns exames, segundo a família, mas houve uma piora no quadro de saúde e ela retornou para a UPA, mas não resistiu.

A criança apresentava sintomas gripais, como tosse. Na sexta-feira (17), a Polícia Civil  de Mato Grosso pediu a exumação do corpo dela para investigar se houve negligência ou imprudência médica. A direção da unidade informou que todos os protocolos médicos foram seguidos no caso.