O governador Mauro Mendes (UB) afirmou que o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (UB), negou o interesse de concorrer à Prefeitura de Cuiabá em 2024 e, por isso, ele assumiu compromisso político com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (UB). Mendes explicou que o acordo foi firmado em 2022, durante sua campanha à reeleição. Outras figuras políticas próximas e com perfil de disputar o pleito foram consultadas por Mauro, porém, apenas Garcia teria sinalizado intenção.
“O ano passado, o presidente Botelho falou comigo algumas vezes sobre esse tema, ele disse que não era candidato e que não seria candidato. Agora, nas eleições, o Fábio Garcia falou comigo, falei com algumas pessoas mais próximas, ninguém tinha interesse e firmei com ele um compromisso de apoiá-lo nas eleições para prefeito em 2024”, declarou o governador nesta sexta-feira (21).
A confirmação coloca Botelho em uma situação delicada dentro do partido, já que baterá de frente com o maior cabo eleitoral do Estado, o governador. Em entrevista ao HNT, o líder da AL demonstrou tranquilidade e garantiu que ainda segue no União Brasil. Sua definição sobre aceitar o convite do PSD, feito pelo ministro da Agricultura Carlos Fávaro, será divulgada apenas em dezembro.
O chefe do Paiaguás também evitou dar muitos detalhes sobre questões internas da agremiação. Na figura de presidente do União Brasil, lembrou apenas que ainda existem muitas discussões para serem consolidadas no grupo e que o quadro da chapa será fechado só em janeiro de 2024.
“É uma decisão que vamos tomar ano que vem. Só comentei isso. Tem muita água para passar por baixo dessa ponte”, falou Mauro.
Em pesquisa divulgada pelo Instituto MT Dados, o pré-candidato do governador ficou com menos de 5% e não avança para o segundo turno. Botelho, no entanto, obteve o melhor desempenho, ficando com a maioria da intenção de votos e consagrando-se vencedor na simulada.
Questionado se há possibilidade de rever seu apoio, Mendes evitou assumir um posicionamento. “Vamos aguardar, não tenho que estar sofrendo por isso não, nem Fábio, nem Botelho. Todo mundo tem mais o que fazer do que ficar pensando em eleição”, encerrou o chefe do Executivo.
Fonte: HiperNotícias