O governador Mauro Mendes (União) rebateu as críticas do Sindicato dos Professores do Estado de Mato Grosso (Sintep) sobre o suposto fechamento de escolas por parte do Estado. Conforme o chefe do Executivo, o relacionamento difícil com o sindicato é decorrente de medidas tomadas no início de seu mandato.
“O Sintep, que não gosta de nós, fica falando que nós estamos fechando escola. Em 2019, o Estado estava quebrado, estava endividado, o salário estava atrasado, o 13º não tinha sido pago, e o Sintep queria aumento real do salário”, afirmou no programa Roda de Entrevista, da TV Mais News, afiliada à TV Cultura.
“Como é que vamos dar ganho real se não estamos conseguindo pagar o salário. Aí eles ficaram 76 dias de greve, não ganharam um centavo sequer e tiveram que voltar para sala de aula”.
De acordo com Mendes, a decisão de promover alterações nas unidades escolares foi tomada após a equipe técnica do Governo visitar os 10 estados do Brasil com melhores índices do Instituto de Divulgação Educacional Brasileira (Indeb).
“A nossa equipe visitou Goiás, Espírito Santo, Ceará, viu tudo que fizeram, tudo que deu certo, e vamos tentar trazer ao nosso Estado. Adaptar para gente encurtar caminho. Então, o que está acontecendo na educação do Estado de Mato Grosso? O Governo está fazendo um negócio chamado redimensionamento”.
“Nós temos em Mato Grosso o segundo melhor salário entre todos os estados brasileiros na educação, e nós somos a 22ª pior educação. Está certo isso? Não está certo. Tem algo errado”.
Mauro cita que o redimensionamento atingiu escolas que tinham baixa quantidade de alunos. Diante disso, esses estudantes foram realocados para outras unidades, a fim de diminuir dispêndio com unidades que tinham poucos alunos em sala.
“Tinha sala de aula com 12 alunos, com 16 alunos. A média era muito baixa. Os estados que estavam ali nos primeiros colocados [do Ideb], a média era 28, 30 alunos por sala de aula. Esse redimensionamento visa aumentar a quantidade de alunos dentro da sala de aula”.
“Isso vai diminuir o número de professores que nós precisamos. Com essa economia, nós deixamos de contratar só esse ano 4 mil professores. Isso é uma economia de R$ 350 milhões”.
Segundo o governador, esse montante teria sido então direcionado às melhorias das próprias unidades escolares, com a compra de materiais, aparatos tecnológicos e reforma na infraestrutura do local.
“Outra estratégia que estamos implantando: os municípios estão se especializando nos chamados anos iniciais, no ensino infantil, na pré-escola, até o 5º ano. E o Governo do Estado fica com o 6º ao 9º e Ensino Médio”.
“Nós estamos fazendo esse redimensionamento para a gente se especializar nisso, ficar melhor. […] Nós estamos conseguindo investir em coisas que há décadas não era possível na educação”.
Fonte: MidiaNews