Foragido após a morte dos quatro maranhenses em Cuiabá, membro do Comando Vermelho também aparece como suspeito do espancamento e tortura que resultou no óbito da motorista de aplicativo Natana da Silva, 30, em 23 de julho de 2020, no Pedregal – região Leste de Cuiabá.

A informação foi dada pelo delegado Caio Fernando Albuquerque, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (24). Natana da Silva foi morta pelo Comando Vermelho, sob o argumento de que ela vinha “fazendo feio no bairro”, aplicando golpes e pequenos furtos. Ela foi sequestrada e levada para os fundos de uma casa, onde o crime aconteceu.

A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital. Segundo o laudo de necropsia, o falecimento foi decorrente nas mais de 70 descargas elétricas recebidas durante a tortura.

Na época, o próprio delegado Caio Fernando classificou o crime como bastante cruel. Em 9 de dezembro de 2021, operação da DHPP batizada de Comando da Lei, prendeu cinco pessoas responsáveis pelo crime contra Natana.

Entre os presos, um dos suspeitos já estava na Penitenciária Central do Estado (PCE). Conforme o delegado, o grupo em questão atua na região do Pedregal, Jardim Leblon, Renascer e Areião.

Além das mortes de Natana e dos quatro maranhenses, identificados como Tiago Araújo, 32 anos, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 anos, Geraldo Rodrigues da Silva, 20 anos e Clemilton Barros Paixão, 20, eles podem ter feito outras vítimas.

“São pessoas de alta periculosidade, frias. Verdadeiros serial killers que podem ter matado tantas outras pessoas em Cuiabá e nas adjacências”, ressaltou Caio Albuquerque.