Em meio à investigação da causa da morte de Diego Maradona, a Procuradoria da Argentina confirmou nesta sexta-feira que o médico pessoal dele, Leopoldo Luque, falsificou a assinatura do craque argentino para obter seu histórico clínico, após análise caligráfico da assessoria pericial. As autoridades apuram a possibilidade de homicídio culposo.

O documento analisado foi um pedido de histórico clínico do dia 1 de setembro de 2020, endereçado à Clínica Olivos, de Buenos Aires. Os investigadores encontraram essa folha e outras duas com rascunhos semelhantes à assinatura de Maradona durante uma busca na casa de Leopoldo Luque. Os promotores de San Isidro, responsáveis pela investigação, já estão com o resultado da perícia caligráfica em mãos.

Na Argentina, o histórico clínico de uma pessoa só pode ser entregue ao paciente ou com uma autorização do mesmo.

Essa falsificação de assinatura de Diego Maradona acrescenta outro elemento ao contexto de irregularidades que se suspeita ter existido nos cuidados com a saúde do falecido craque. Há a possibilidade também disso impactar a disputa pela herança dele, já que se poderia colocar em dúvida outros papéis já assinados pelo ex-jogador.

Diego Armando Maradona morreu no dia 25 de novembro do ano passado, duas semanas depois de ser submetido a uma cirurgia na Clínica Olivos para a retirada de um hematoma no cérebro. A autópsia determinou que ele faleceu como consequência de um “edema agudo no pulmão secundário a insuficiência cardíaca crônica exacerbada” e descobriu “cardiomiopatia dilatada” em seu coração.

As investigações giram em torno de três pontos principais: se houve negligência médica, logo, um eventual “homicídio culposo”; quem foi responsável por esse possível delito; e se a morte de Maradona poderia ter sido evitada.

Leopoldo Luque era o médico pessoal de Diego Maradona — Foto: AFP

Leopoldo Luque era o médico pessoal de Diego Maradona — Foto: AFP

(Globo Esporte)