Um médico cubano de 62 anos morreu após sofrer um infarto dentro de um ônibus de viagem, em Cuiabá, a caminho do Aeroporto Marechal Rondon, onde embarcaria para Cuba para visitar a família. Emílio Henrique Varona Lotti era coordenador de Saúde da Prefeitura de Porto Esperidião, a 359 quilômestro a noroeste de Cuiabá, onde morava sozinho.
A equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou que foi acionada para atender uma ocorrência em que um passageiro foi a óbito dentro de um ônibus interestadual.
Testemunhas relataram à polícia que a vítima começou a passar mal na região do Trevo do Lagarto e que, por ser asmático, tentou fazer uso de medicamento.
O motorista parou na Avenida Miguel Sutil (Perimetral) e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que realizou manobras de RCP, mas a vítima não resistiu e foi a óbito.
De acordo com a Prefeitura de Porto Esperidião, Emílio não tem parentes no Brasil. Ele chegou no município há cerca de 10 anos por meio do Programa Mais Médicos. Após vencer o contrato, ele decidiu permanecer na cidade, regularizou a documentação e foi contratado para atuar na Secretaria Municipal de Saúde.
A prefeitura informou que o corpo do médico ainda não foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML). Após a liberação, será encaminhado para o município onde morava para ser velado.
Depois, será novamente levado para Cuiabá para será cremado. O município disse ainda que o filho do cubano buscará as cinzas.
Emílio Lotti deixa a esposa, dois filhos e duas netas.