O deputado federal José Medeiros (PL) disse que a minirreforma eleitoral é um mecanismo para conceder munição ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra os candidatos nas eleições. O bolsonarista obteve acesso ao último anteprojeto na noite desta terça-feira (12) e afirmou que sua tendência é votar a favor, porém, deixou claro que o texto só será conhecido cerca de 30 minutos antes da votação. A expectativa é que a matéria seja apreciada na tarde desta quarta-feira.

A nova legislação busca combater as candidataturas femininas fraudulentas, estabelece mudanças no calendário para registros das chapas, autoriza contribuições voluntárias por PIX e limita o gasto com as campanhas a 10% do teto de doações.

“Sou a favor, mas é um texto sem grande expressividade, pois não oferece mudanças importantes, nada estruturante. É mais uma maquiagem pré-eleitoral que dará munição para o Judiciário arrebentar com os políticos”, declarou Medeiros ao HNT na manhã desta quarta-feira.

A bancada do PL ainda não se reuniu para orientar os parlamentares. Mas o termômetro aferido pela reportagem é de incerteza entre os deputados mato-grossenses. Somente nos últimos dois dias, o projeto sofreu três atualizações.

Coronel Fernanda (PL) acompanha José Medeiros e aprova a matéria. A deputada acredita que a normativa contribuirá com o processo democrático e reduzirá burocracias.

“É bom para a eleição. Esse projeto foi construído ouvindo todas as lideranças partidárias e deixa a legislação mais objetiva”, falou Fernanda ao HiperNotícias.

Já Abilio Brunini (PL) e Amália Barros (PL) foram mais comedidos e preferiram não adiantar o voto. Abilio pontuou que até o momento o que há no Congresso são “boatos” em torno da matéria.

“Estão falando que se um político for pego, por exemplo, por compra de votos não terá mais risco de perder o mandato. É só pagar uma multa e estará tudo resolvido”, expôs o bolsonarista.

(HNT)