Principais nomes para a disputa à presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, os deputados estaduais Max Russi (PSB) e Eduardo Botelho (União) devem iniciar já nesta semana as articulações para montar chapa à eleição. Russi disse que os dois entraram em “trégua” durante as festas de fim de ano, mas que é momento de diálogo.

“É discussão, conversa. De certa forma, esse trabalho por parte do Botelho, houve uma trégua, digamos assim, por parte minha também. Durante Natal e Ano Novo ninguém fez movimentação nenhuma, ninguém fez conversa nenhuma com o objetivo de todo mundo ter tranquilidade nessas datas importantes, datas familiares, não ficar travando uma disputa e um diálogo nesse sentido. Agora eu acho que nessa sessão principalmente do dia 4 começam novamente as tratativas, as conversas para o encaminhamento ou de uma composição ou de uma disputa no dia 1º de fevereiro”, disse Max Russi.

Botelho confirmou que irá colocar seu nome na disputa e pretende conversar com Russi para fazer uma proposta.

 

“Semana que vem também nós vamos começar as conversas, articulações, mas a princípio eu vou colocar meu nome sim como candidato. […] não tem chapa fechada, só tem o presidente. […] vamos conversar na próxima semana, vou chamar ele [Max], ele é um companheiro de primeira hora e parceiro meu aqui dentro […] vou fazer a proposta pra ele, vou convidá-lo”.

Russi, no entanto, afirmou que não irá tomar decisão sem que haja aprovação por parte de seus aliados na Assembleia.

“Eu tenho um grupo que está me apoiando, eu não vou tomar nenhuma decisão isolada. Eu vou essa semana ter uma reunião com esse grupo, a gente já está organizando essa reunião e qualquer decisão que eu for tomar vai ser a decisão encaminhada por esses deputados que desde o primeiro momento estão apoiando a minha candidatura”.

No dia 1º de fevereiro de 2023 serão realizadas as sessões preparatórias de instalação da 20ª Legislatura, posse dos deputados estaduais e eleição da Mesa Diretora.

Candidatura de Botelho

Eduardo Botelho havia consultado o Supremo Tribunal Federal para saber se poderia pleitear o cargo de presidente pela 4º vez. A princípio, com a negativa, o deputado comunicou que não iria disputar o comando da Casa de Leis na próxima legislatura.

O retorno de Botelho à disputa veio com a ementa da decisão de uma ação de inconstitucionalidade sobre reeleição da Assembleia Legislativa do Paraná, publicada em sua íntegra no mês de dezembro de 2022. De acordo com o item 3 da decisão, a proibição de reeleição se inicia a partir de janeiro de 2021, sendo que todas as eleições anteriores não serão contabilizadas.

A reeleição de Botelho, em junho de 2020, ocorreu após a antecipação das eleições. A medida atendeu a deputada estadual Janaina Riva (MDB), que estava gestante na época e foi eleita vice-presidente do Legislativa. Para que ela pudesse votar, o pleito foi antecipado para antes dela sair de licença maternidade.