O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), pediu ao governo do estado que inclua os pacientes transplantados de Mato Grosso, no Plano Estadual de Imunização, contra a covid-19. No estado, conforme dados da Central de Transplantes, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), existem 2.352 pessoas transplantadas. Sendo 2.024 procedimentos de córnea, 283 renais, 38 hepáticos, 06 de medula óssea e 01 de pulmão.
“Encaminhamos a indicação ao governo do Estado, com cópia à Secretaria de Saúde (SES), em razão desses transplantados possuírem uma fragilidade imunológica. Nosso pedido também se baseia, em estudos científicos que mostram maior letalidade da doença. Por isso, defendemos que esse grupo de pessoas sejam incluídas na primeira fase da vacinação”, argumentou Russi.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Órgãos (SBO), a taxa de letalidade da população geral (que mede a porcentagem de pessoas infectadas que evoluem para óbito) por coronavírus é de 2,4%. Já em pessoas que receberam transplante de órgãos, esse número gira em torno de 20%. Lembrando que, todos nessa condição de transplante, precisam tomar medicamentos imunossupressores pelo resto da vida para evitar a rejeição do órgão.
“Esses medicamentos debilitam o sistema imunológico, tornando esses pacientes mais vulneráveis a infecções. Por isso, a infecção por Covid-19 nesse grupo tende a ser mais grave e daí a urgência em serem imunizados”, diz José Huygens Garcia, presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), em entrevista à CNN Brasil no dia 23 de março deste ano.
Grupo prioritário – Max Russi também pediu ao governo do estado, que inclua no Plano Estadual de Imunização, os trabalhadores que realizam a coleta de lixo hospitalar, polícia militar, bombeiro militar, polícia civil, professores, atendentes de supermercados, frentistas, agentes comunitários de saúde (ACS), agentes comunitários de endemias (ACE) e agentes funerários.