A extinção da Superintendência de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Supir) tem preocupado lideranças ligadas ao movimento negro de Mato Grosso.
A reclamação chegou ao gabinete do deputado Max Russi (PSB), primeiro secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, responsável por formular a Indicação 4075/2019, cobrando medidas do governador Mauro Mendes (DEM), para a retomada dos trabalhos.
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“Essas lideranças tem me procurado, reclamando da falta de políticas voltadas a igualdade racial e a interrupção dos trabalhos da Supir”, observou ele.
“Essas políticas públicas precisam ter continuidade, ainda mais em nosso estado, que possui milhares de famílias quilombolas, que necessitam de atendimento. Por isso, estou fazendo essa cobrança”, justificou o parlamentar do PSB, para a reportagem do Cuiabano News.
A Supir era subordinada a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh-MT) e tinha o objetivo de garantir os direitos e a dignidade dos povos em situação de vulnerabilidade, assim como combater o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e as formas correlatas de intolerância.
Além disso, a superintendência buscou a restruturação dos Conselhos Estadual e Municipais de Promoção de Igualdade Racial, além do fortalecer e consolidar as políticas voltadas para os movimentos sociais negros, trabalhando ainda temas como a resistência étnica e cultural, pautas transversais, em conjunto com os setores saúde, educação e assistência social.
O deputado Max Russi analisa que a soma de ações, voltadas socialmente à causa racial, seria uma ferramenta eficaz na busca e execução de trabalhos, que deem acesso a quem mais necessita.
“Uma somatória de forças, para render bons frutos direcionados às comunidades negras de nosso Estado. Precisamos estimular debates e executar ações, que possam estabelecer a igualdade racial”, concluiu.
Em nível de Brasil, um dos pontos levantados por Max Russi, quanto a essa questão, é em relação à previsão de redução do orçamento do Governo Federal para 2020, que deve agravar a crise econômica e social no país.
“Temos o exemplo do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, com perda de 43,2%. Entre as áreas afetadas, estão políticas de promoção da igualdade racial e ações voltadas para as mulheres, deficientes físicos e povos indígenas”, alertou Max Russi, para a reportagem do portal de notícias Cuiabano News.