O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (MDB), e o primeiro-secretário Eduardo Botelho (DEM) pregam nos corredores do parlamento estadual um clima amistoso, mesmo estando em análise no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que pode reconduzir Botelho à presidência da Casa de Leis.
Max falou que o clima entre ele e Botelho está tranquilo e a decisão que vier do STF será cumprida, seja ela qual for. O presidente acrescentou que 10 ministros irão votar e tem acompanhado cada voto em Brasília por meio da mídia e da sua assessoria jurídica. Russi ainda fez questão de ressaltar o trabalho desenvolvido por ele e Botelho na Mesa Diretora.
“Muito tranquilo [clima] e somos ordenadores de despesas, assinamos os dois os contratos e se tiver mudança a gente muda de forma tranquila, e não havendo, continua da forma que está. Não existe nenhuma rusga, nenhum problema e a gente vai continuar os trabalhos de forma que estamos fazendo. A Assembleia tem produzido muito para Mato Grosso como a questão da Ferrovia agora. Uma Assembleia que não está envolvida em escândalos, que tem devolvido dinheiro ao Poder Executivo e uma Mesa Diretora que tem mostrado resultados e contribuído para o estado de Mato Grosso”, falou Max.
Em relação à votação no STF, o presidente detalhou que ao consultar seus advogados foi informado que os três votos até o momento são divergentes. Alexandre de Moraes votou pela permanência de Max na presidência, enquanto Gilmar Mendes votou pelo retorno de Botelho para o cargo de presidente. Já Ricardo Lewandovski, segundo Max, apresentou um terceiro caminho para a ALMT.
Eduardo Botelho disse que não está preocupado em voltar ou não para a presidência e que Max que está se movimentando para permanecer no cargo. Caso seja reconduzido de forma natural, Botelho esclareceu que volta para a presidência.
“Não há nenhuma [rusga], inclusive por isso não estou correndo atrás. Estou tranquilo. Se ele ficar na presidência está bom, se eu reassumir está bom também. Não muda na Casa quase nada, porque o que o presidente faz, o primeiro secretário faz a mesma coisa. A única coisa que o presidente faz a mais é a composição de pauta no plenário, fora isso não tem nada que ele faça sem o primeiro secretário. Estou muito tranquilo e sossegado e do jeito que vier está bom”, disse.
Por fim, o ex-presidente disse que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada na casa proibindo reeleição do presidente e primeiro-secretário na Mesa Diretora é importante e vai trazer equilíbrio dentro da Assembleia.
“Não sou a favor do poder eterno aqui dentro. Isso gera um poder muito grande e quando a pessoa está conduzindo bem, beleza, mas se ela quiser desviar um pouco, ela consegue, então não sou a favor disso e tem que haver descontinuidade para haver para fortalecer o Parlamento”, concluiu Botelho.