Primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, o deputado Max Russi (PSB) garantiu que já tem 10 votos para concorrer à presidência da Casa de Leis. Para ser eleito, no entanto, Max precisa de maioria simples: 13 votos.

Para isso, o parlamentar afirmou que irá abrir diálogo com outros deputados para tentar viabilizar seu nome ao comando do Legislativo.

“Eu tinha 10, antes de viajar. Continuo com os dez e agora vou conversar com o resto”, diz Max se referindo a viagem que fez a Conferência do Clima, a COP-27, ao Egito na última semana.

A declaração ocorre após o atual presidente, deputado Eduardo Botelho (União), apresentar a um grupo de 14 parlamentares a impossibilidade de tentar a reeleição e se colocar como candidato a primeira-secretaria (ordenador de despesas), segundo cargo mais importante do comando do Poder.

Max não participou da reunião, que ocorreu na noite de terça-feira (23). Lá, segundo Botelho, parlamentares do grupo apresentaram resistência ao nome de Max por uma possível “subserviência” junto ao Executivo do Estado.

O socialista, no entanto, garantiu que seu projeto rumo à presidência se mantém e conversará com Botelho sobre os direcionamentos feitos no encontro.

“Vou ficar sabendo o desdobramento e o que vai ser encaminhado após essa reunião. Eu continuo com o meu projeto. Tenho conversado com os deputados e tenho o apoio considerado e acho que eu posso conseguir mais apoios para continuar no projeto à presidência”.

 

Botelho na primeira-secretaria

À imprensa, Max disse que está focado em viabilizar sua candidatura a presidência e ainda não “fechou” chapa com Botelho na primeira-secretaria.

“Existe [a possibilidade de compor com Botelho]. Não fiz compromisso com ninguém na primeira-secretaria. Eu não estou fechando a chapa, estou viabilizando meu nome para ser candidato a presidente”, disse.

Nos bastidores, a dobradinha Botelho-Max é dada como certa e as articulações deverão se dar para os outros cargos da Mesa Diretora.

A eleição da Mesa Diretora ocorre no próximo dia 1º de fevereiro, quando assume a nova legislatura. Por tradição, a composição da mesa é feita nos bastidores e os nomes apresentados para serem cacifados pelos deputados.

O novo comando fica a frente do Legislativo por dois anos, e administrará um orçamento estimado em R$ 675 milhões.

Fonte: MidiaNews