O deputado estadual Max Russi (PSB) disse ser contrário à extinção da Metamat (Companhia Mato-grossense de Mineração), anunciada pelo Governo do Estado em novembro. Entretanto, admitiu que a autarquia não estava desempenhando as funções corretamente.

“A Metamat não estava fazendo a sua função e a Adjunta, que já tem dentro da Sedec, também não faz a sua função”

“Não concordo. Eu defendo o setor da mineração, é um setor que tem um potencial muito grande em Mato Grosso e, muitas vezes, é visto de forma errada”, disse.

“Da forma que estou vendo, realmente a Metamat não estava fazendo a sua função e a Adjunta, que já tem dentro da Sedec, também não faz a sua função”, acrescentou.

Max disse não achar que o Governo errou na extinção, mas que precisa de uma política pública para o setor.

“Não vou dizer que errou, porque realmente precisava ter um freio de arrumação. Mas o governo precisa vir com alguma política pública fortalecendo e mostrando o que realmente significa a mineração para o desenvolvimento do nosso Estado”.

“Talvez a forma que a Metamat estava sendo usada realmente não posso discordar do governo, ela não pode ser um órgão somente para poços artesianos. Nem isso estava atendendo as expectativas”.

Max disse ter comunicado sua posição diretamente ao governador Mauro Mendes, que o garantiu que vai estudar formas de fortalecer o setor dentro da secretaria adjunta na Sedec.

Setor econômico importante

Defensor da mineração, Max citou os benefícios da atividade econômica para o estado, desde que seja feita de forma sustentável.

O deputado lembrou ainda que a atividade é vital para a economia de algumas cidades do estado onde o agronegócio não é forte.

“Gera progresso, principalmente em municípios de economia exaurida, são municípios que o agro não é predominante, então [a mineração] é uma opção, uma forma de desenvolvimento”, disse.

As atribuições da Metamat ficaram para a Sedec (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico), sob o comando do secretário César Miranda, que, como mencionado acima, já tem hoje em dia uma secretaria adjunta para esse fim.

Um novo presidente deve ser nomeado para a Metamat pelo governador Mauro Mendes nos próximos dias para dar continuidade ao processo de extinção da autarquia.

A Assembleia Legislativa já havia dado ao governo desde 2019 a autorização para a extinção da Companhia. Com essa extinção, o governo pretende economizar R$ 47,5 milhões anualmente.

(MidiaNews)