Para as eleições de 2022, o staff principal do governador Mauro Mendes (DEM) deve sofrer algumas baixas. Por enquanto, apenas uma candidatura é oficial. Gilberto Figueiredo (DEM) já sinalizou que irá deixar o cargo na Pasta da Saúde para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa.
Outros secretários de Estado, como   Beto Dois a Um  Alberto Machado (Esporte e Cultura), Juliano Jorge (Metamat), Nilton Borgato (Secitec), Alan Porto (Educação), Silvano Amaral (Agricultura Familiar), Wener Santos (MT-Par) e Coronel Assis (Comando geral da PM) descartam que serão candidatos nas eleições que se aproximam. Porém, as atitudes deles, como viistas a municípios e exposição na mídia, apontam justamente o contrário.

Os secretários estaduais que pretendem ser candidatos a deputado devem se desincompatibilizar do cargo até 31 de janeiro, conforme determinação do governador. O prazo legal, no entanto permite que os gestores permaneçam  até abril de 2022, seis meses antes do pleito.

O governador, em recente entrevista à imprensa, admitiu que existe a possibilidade de integrantes do primeiro escalão deixarem suas funções no final do ano.

“Já disse que acho natural que aqueles que desejam fazer política, que encerre o ano e fechem o calendário no dia 31 de janeiro. Depois disso, eles vão poder se dedicar à campanha eleitoral com o direito que todos têm”, afirmou Mauro.

O governador já deixou claro que todos estão liberados e tem autonomia para deixar a gestão, caso queiram disputar a eleição.

Único que confirmou

Gilberto é aliado de Mauro desde a Prefeitura de Cuiabá, onde foi secretário de Educação. Depois, se elegeu vereador em 2016, deixando a Câmara Municipal para assumir a Saúde do Estado em 2019, no começo da atual gestão.

“Muitos falam assim: ‘ah, foi secretário e agora está virando político’. Não, eu já era político. Quando você aceita um cargo público, queira ou não você tem cunho político, porque o prefeito ou o governador é eleito politicamente e escolhe seu staff às vezes até utilizando critérios políticos. Então não dá para excluir de mim o profissional que hoje faz parte da política”, declarou ao Olhar Direto.

A ida para a Saúde é classificada por ele como “uma convocação, praticamente, do meu partido e do governador”.

“Eu era vereador. Eu abreviei o meu mandato como vereador em Cuiabá para atender um desafio que foi a convocação, praticamente, do meu partido e do governador. Eu atuo e trabalho nesse âmbito desde que fui candidato pela primeira vez. Então natural, eu não tenho cargo vitalício de secretário de Estado, essa é uma missão para ser cumprida. E a missão muitas vezes não corresponde aos períodos eleitorais”, afirmou.

Mudanças no staff

Com essas cndidaturas postas, mesmo que algumas ainda não confirmadas e também não descartadas, Mauro Mendes terá que mexer no seu tabuleiro, que permanece o mesmo desde que tomou posse em 2019.

Por enquanto a Casa Civil não fala e nem cogita nenhum nome para substituir os possíveis candidatos. Nos bastidores, para a Saúde, que é a única que está confirmada a mudança, o nome do secretário de Várzea Grande, Gonçalo de Barros, ganhou força nos últimos dias. Porém, a decisão final continua sendo do governador.