O governador Mauro Mendes (DEM) confirmou, nesta terça-feira (21), que a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) elabora um estudo para analisar a possibilidade de privatizar as gestões dos presídios de Mato Grosso. O modelo é semelhante ao sistema americano.

“O governo faz inúmeros estudos no dia a dia e tem uma fila de prioridades, mas, às vezes, por alguma uma circunstância que acontece, alguma coisa que estava lá embaixo na fila é alçado para o topo das prioridades”, comentou o governador após o lançamento do programa Jovens e Mulheres Empreendedoras, no Palácio Paiaguás.

Mauro acrescentou que é “natural que se faça estudos para ver alternativas para situações criadas por eles mesmos”, destacando que a pauta se tornou prioritária para o governo depois que os policiais penais anunciaram greve da categoria no dia 16 de dezembro.

Conforme noticiado, a categoria pede equiparação salarial com outras forças de segurança, o que simbolizaria um reajuste de, pelo menos 40%, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado, Amaury Neves.

Na coletiva de imprensa, Mauro ainda destacou que o Estado tem se preocupado com a repercussão da greve dos profissionais, que já foi declarada ilegal pela Justiça, mas evitou comentar sobre corte de ponto dos policiais.

 

Penitenciária modernizada

A intenção de modernizar o sistema penitenciário do Estado já tinha sido destacada pelo governo estadual em coletivas anteriores. No mês de agosto, Mauro chegou a comentar que não iria chamar todos os policiais penais aprovados em concurso porque não haveria a necessidade.

À época, o governador afirmou que a implantação de celas automáticas, por exemplo, já torna as prisões mais eficientes, e gera economia, uma vez que os polícias penais podem controlar as portas de uma outra sala, em um número muito menor de profissionais.

Conforme Mauro, ainda não há um prazo para definir sobre a privatização da gestão das penitenciárias. O governador ressaltou que será necessário aguardar a finalização do estudo para ver a viabilidade da proposta.