O governador Mauro Mendes (União) rebateu os questionamentos pela suposta demora do governo para a liberação de recursos para a construção de uma rodoviária em Várzea Grande. O gestor afirmou que a obra não está nas prioridades do Paiaguás e que o prefeito Kalil Baracat (MDB) deve ter sua agenda própria de investimentos.
Em agosto último, os deputados estaduais aprovaram o Projeto de Lei 1603/2023, do governo do estado, que autorizava o Poder Executivo a doar uma área de 5 hectares para a construção da rodoviária. O valor estimado da execução das obras é de R$ 15 milhões. Desse total, a previsão inicial era de que R$ 7,5 milhões fossem bancados via emenda parlamentar do senador Jayme Campos (UNIÃO). A outra metade, por sua vez, seria custeada pelo Executivo estadual.
“O governo tem as suas próprias prioridades. A prioridade é cumprir a nossa agenda e na
medida do possível ajudar os municípios. Cada município tem que ter a capacidade de
construir sua agenda própria de investimento e o governo pode ajudar e estamos fazendo. Como nunca na história houve tanto repasse de recursos aos municípios fazerem tantas obras”, disse, em conversa com a imprensa nesta terça-feira (17).
“Nesse momento a prioridade do governo é construir asfalto, casas populares e coisas que agregam, ao nosso ver, mais qualidade de vida para a maioria da população. Em função disso, tenho deixado de apoiar vários projetos apresentados, posso escolher aquilo que vamos apoiar para fazer nivelamento entre os municípios”, acrescentou.
Destacando os investimentos e convênios já firmados com Várzea Grande, Mauro afirma que o foco no município é ajudar no asfaltamento de bairros. Na sessão de ontem, a Câmara de Várzea Grande aprovou projeto autorizando o Poder Executivo a contratar operação de crédito com Caixa Econômica Federal no valor de R$ 150 milhões sendo R$ 10 milhões para a rodoviária.
Diante do que considerou como demora, Kalil afirmou que vai financiar o projeto da rodoviária (assim como de um mercado popular) com recursos próprios.
Mauro reforçou a autonomia dos prefeitos para construírem seus projetos. “O prefeito tem autonomia com o dinheiro dele, com meu dinheiro eu até tenho direito de escolher aquilo que o estado pode apoiar dentro de programas. Estamos lidando com a política macro, não posso ficar no dia a dia lidando com a política varejo, porque daí começo a entrar no que é de responsabilidade do prefeito”.
(Olhar Direto)