A mata densa, típica da Floresta Amazônica, é o principal fator, segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, que dificulta as buscas por terra de destroços da aeronave e do piloto agrícola Maxsuel Lessa, que está desaparecido há 13 dias, quando sobrevoava a região de Rondolândia, a 1.063 km de Cuiabá.
A corporação atua, neste momento, com quatro oficiais e dois cães farejadores, de acordo com a Coronel Vivian Riziolli Correa, e conta com apoio do Corpo de Bombeiros de Rondônia, que faz buscas pelo Rio Machado, além da Força Aérea Brasileira (FAB), Centro Integrado de Operações Aéreas de Mato Grosso (Ciopaer-MT) e de familiares e amigos do piloto.
“As investigações estão baseadas na rota de voo entre o ponto de origem, de decolagem, até o possível ponto de destino”, informou.
Maxsuel Lessa tem 37 anos e desapareceu no dia 8 de dezembro. Ele decolou sob chuva na pista da Fazenda Castanhal, em Rondolândia, por volta das 16h, com destino à Fazenda Recria, em Colniza.
A viagem levaria cerca de 40 minutos e seriam percorridos aproximadamente 120 km, mas a aeronave desapareceu do radar e não chegou ao local no horário previsto.
Existe a suspeita, conforme as investigações da polícia, que a aeronave tenha caído em terra indígena da etnia Zoró e moradores do local também auxiliaram nas buscas, assim como a empresa em que Maxsuel trabalha, que montou uma base para receber os próprios aviões e de amigos.
A irmã do piloto afirmou, na semana passada, que uma testemunha teria ouvido o barulho do avão, pouco antes de desaparecer, em direção a uma outra fazenda, próxima do destino. A família cobra mais apoio e estrutura nas buscas.
“A região que ele sobrevoava é de mata fechada e é muito importante para nós que os bombeiros, com todo seu aparato, também nos ajude por terra a localizar meu irmão, que é pai de três filhos e precisa voltar para nossa família”, disse a irmã de Maxsuel, Maysa Lessa.