A pandemia do coronavírus paralisou campeonatos, adiou objetivos e interrompeu bons momentos de jogadores mundo afora. É o caso de Gabriel Martinelli, jovem atacante que alcançou sucesso logo em sua primeira temporada com a camisa do Arsenal. O jogador de 18 anos viu a questão de saúde pública forçar a pausa na Premier League e, consequentemente, quebrar a boa fase vivida.
Além disso, a pandemia adiou as partidas marcadas para a Data Fifa de março, quando a seleção olímpica se reuniria para disputar amistosos. Nesta quinta-feira, o time enfrentaria a Arábia Saudita e, três dias depois, pegaria o Egito. Martinelli estava entre os 23 convocados pelo técnico André Jardine e, após ficar fora do pré-olímpico pelas dificuldades de liberação, voltou a adiar o sonho de vestir a camisa canarinho.
O atacante chegou a disputar dois amistosos pela seleção pré-olímpica no fim do ano passado e até teve o nome cogitado para integrar a convocação de Tite para a seleção principal. Tudo como uma forma de garantir que o jogador não seja alvo da seleção italiana, que tem a intenção de chamá-lo por conta da dupla-cidadania. Enquanto aguarda a chance de defender o Brasil – seja qual for a categoria -, Martinelli diz que ainda não fez uma escolha definitiva sobre o tema.
– Ainda não tem uma decisão definitiva, mas, com certeza, representar meu país é um privilégio que me honraria muito – diz Martinelli, que garante sempre ter sonhado com a seleção brasileira.
Enquanto aguarda a retomada do futebol na Inglaterra, Martinelli vem fazendo como milhares de atletas mundo afora: permanecendo em casa e fazendo os treinamentos possíveis para manter a forma. Aos 18 anos, ele tenta lidar com a distância de seu país em um momento ímpar da história e anseia por poder voltar a jogar.
Longe do clube: atacante vem mantendo a forma com exercícios em casa — Foto: Getty Images
O COVID-19 pausou uma temporada que era difícil de se imaginar para um atleta tão jovem em um gigante europeu. Antes de a bola parar de rolar nos gramados da Inglaterra, Martinelli viu seu status de promessa vinda do Ituano transformar-se em aposta certeira para o técnico Unai Emery e, depois, para Mikel Arteta. O brasileiro marcou marcou 10 gols e defendeu o Arsenal em 26 partidas na temporada 2019/20, sendo titular em 15 delas.
– Realmente, às vezes é difícil de acreditar que isso tudo aconteceu tão rápido, mas sei que é real e que, ao mesmo tempo, isso tudo é uma responsabilidade muito grande – comenta. (Globo Esporte)