No quintal de uma família moradora do condado de Orange, em Nova York, nos Estados Unidos, uma equipe de pesquisadores desenterrou uma mandíbula de mastodonte — animal primo dos mamutes e elefantes modernos.
Além do osso completo e bem preservado da face, os especialistas do Museu Estadual de Nova York e da Universidade SUNY Orange também encontraram fragmentos de dedos e costelas, segundo comunicado divulgado nesta terça-feira (17).
De acordo com o site da CNN, os mastodontes foram grandes mamíferos que viveram na América do Norte por volta de 3,75 milhões a 11 mil anos atrás. Esses animais provavelmente foram extintos por fatores como competição por comida, mudanças climáticas e a caça pelos primeiros humanos.
Um mastodonte adulto, como o dono da mandíbula achada, tinha entre 2,5 e 3 metros de altura, com até 6 toneladas de peso. O fóssil do animal foi encontrado após o proprietário da residência em Nova York localizar dois dentes a apenas alguns centímetros no subsolo do terreno.
“Quando os examinei em minhas mãos, soube que eram algo especial e decidi chamar os especialistas”, relata o dono da moradia em Nova York.
Importância das descobertas
Acionadas, as autoridades paleontológicas assumiram as escavações na camada superficial do solo, onde estava a mandíbula. Há aproximadamente 11 anos, nenhuma descoberta do tipo ocorria na região, o que animou todos os envolvidos.
“Esta mandíbula fornece uma oportunidade única para estudar a ecologia desta magnífica espécie, o que aumentará nossa compreensão dos ecossistemas da Era do Gelo até os dias atuais”, explica Robert Feranec, diretor do Museu. “Os fósseis são instantâneos do passado, que nos permitem reconstruir ecossistemas antigos e compreender os processos que o mundo passou até chegar à sua configuração atual”.
Por mais que a mandíbula seja “a estrela do show”, os fragmentos adicionais de dedo do pé e costela oferecem um contexto valioso e o potencial para pesquisas adicionais, sugerem os cientistas. Eles ainda esperam explorar mais a área imediata do sítio paleontológico para ver se há mais ossos preservados.
Os fósseis serão submetidos ao processo de datação por carbono e análise para determinar a idade, dieta e habitat do mastodonte durante sua vida. Após a preservação e avaliação científica, a mandíbula deverá ser apresentada na programação pública do museu em 2025.
(Por Arthur Almeida)