O juiz da 7ª Vara Cível de Cuiabá, Yale Sabo Mendes determinou que um condomínio de luxo, no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá, apresente imagens de segurança que podem provar a prática de maus tratos de uma advogada contra sua filha de três anos.
Em ação anterior, com a mesma causa de pedir, o juízo do juizado especial cível, havia negado o pedido e a tramitação sob sigilo, por não se enquadrar nas hipóteses legais.
A decisão atende pedido do advogado Alex Cardoso, que alega ter tomado conhecimento pela babá e motorista que sua filha, ao ser devolvida à mãe após ter passado período de convivência compartilhada com o pai, relutava muito para não voltar para a casa da genitora, chegando a se debater no chão por vários minutos sendo ignorada.
A genitora, segundo as testemunhas, teria ficado indiferente e reprovando a conduta da filha, ao invés de acolhê-la, já que gritava e rolava no chão sem parar.
O motorista e a babá chegaram a passar novamente em frente ao prédio, e ainda puderam ver a cena da menina que continuava se debatendo enquanto a mãe permanecia inerte.
O advogado chegou a pedir as imagens para a síndica do condomínio, mas não obteve êxito, razão pela qual apelou à Justiça, que deferiu seu pedido.
O processo ainda revela que a genitora da criança, após tomar conhecimento da declaração das testemunhas, teria coagido as mesmas, por meio de ameaças em conversas de WhatsApp, conforme boletim de ocorrência juntado ao processo.
Alex tem denunciado uma série de irregularidades e crimes que estão sob investigação do Ministério Público e da corregedoria da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) e Conselho Regional de Psicologia (CRP-MT), sendo que a genitora de sua filha, figura como protagonista do suposto enlodo criminoso praticado contra o advogado.