A mãe de Isabele Ramos Guimarães, de 14 anos, morta pela melhor amiga dela na noite do dia 12 de julho de 2020, em uma casa num condomínio de luxo, em Cuiabá, pediu na Justiça o bloqueio de 15 imóveis dos pais da adolescente que atirou na vítima.
Isabele foi baleada com um tiro no rosto pela amiga de 15 anos, que praticava tiro esportivo junto com os irmãos e os pais. A adolescente foi condenada e está há mais de três meses no Centro Socioeducativo (Case) Feminino, em Cuiabá.
No pedido, feito no dia 30 de abril na 8ª Vara Criminal de Cuiabá, Patrícia Helen Guimarães Ramos afirmou à Justiça que o objetivo do bloqueio de bens dos imóveis dos empresários é garantir a indenização da vítima em caso de sentença no futuro.
Além disso, Patrícia afirma que sofreu danos morais e materiais após o assassinato da filha que superariam o valor de mil salários-mínimos, ultrapassando R$ 1 milhão.
A defesa da mãe de Isabele apresentou uma lista, com base no sistema da Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso (Anoreg/MT), onde constam 14 imóveis registrados no nome do empresário e outros 11 no nome da mãe da atiradora.
No entanto, a defesa não tinha detalhes dos valores dos imóveis, localização ou outras informações.
Por causa disso, o juiz Murilo Moura Mesquita, da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que a defesa da mãe de Isabele entregue, em 15 dias, as certidões atualizadas das matrículas de cada um dos imóveis elencados por eles, inclusive, a estimativa de avaliação de cada bem.
Para o magistrado, possivelmente, diante da grande quantidade de imóveis, o valor superará a importância estimada para indenização.