O técnico Vanderlei Luxemburgo fez nesta sexta-feira um balanço dos primeiros dias de trabalho na pré-temporada do Palmeiras.

Em entrevista à TV do clube na internet, o treinador explicou o planejamento para a disputa do Torneio da Flórida, destacou a motivação do elenco, disse estar esperançoso em uma grande temporada e pediu o apoio da torcida.

Veja abaixo as respostas de Luxemburgo:

Treinamentos

– Esse início está sendo com os jogadores solicitados de maneira mais intensa, porque eles vêm de uma parada de férias. A gente precisa que eles sofram um pouco mais. A primeira observação é que estão aptos e ávidos em querer fazer alguma coisa pela mudança de treinador, de filosofia. Isso mexe com a cabeça do jogador.

E a resposta dos jogadores?

– A resposta tem sido muito positiva porque a gente tem todos os dados hoje. O Palmeiras oferece essa possibilidade de estar trabalhando e receber informação a todo momento sofre o que está acontecendo.

– Foram trabalhos excelentes. Introduzimos a bola. As pessoas têm de entender que hoje em dia não dá para ficar esperando para introduzir a bola. A bola é o instrumento de jogo, então você entra com a bola já no primeiro dia.

Como jogará o Torneio da Flórida?

– Vamos usar como preparação do Palmeiras para jogar o Paulista. Vamos querer ganhar, mas vamos dividir o elenco de 45 minutos e 45 minutos. Dá para fazer até alguma coisa a mais no segundo tempo para que possamos condicionar os atletas e trabalhar no dia do jogo de manhã e de tarde. Vamos para ganhar, mas acima de tudo preparar para o jogo contra o Ituano.

Está gostando, professor?

– Como início de trabalho tenho uma expectativa muito boa. A gente sente que está despertando. É uma grande verdade: despertando aos jogadores de novo aquele espírito que tem que estar no DNA de cada um, de ganhar. Aqui temos bastante jogadores que ganharam no Palmeiras e, às vezes, fica um pouquinho adormecido e inconsciente porque o inconsciente trabalha muito no jogador. Entram em zona de conforto sem perceber. Aconteceu comigo de estar em zona de conforto achando que ia tudo cair do céu, acontecer sem trabalho. Sem trabalho você não consegue absolutamente nada.

– A obrigação deles (jogadores) é estar 100%, e vamos atrás do algo a mais. Aquela capacidade de sofrer. Atleta sofre. O sofrimento ao término do treinamento é suportar aquilo que acha que não suportaria. Automaticamente vai suportar no jogo uma intensidade maior. Vamos trabalhar no Palmeiras uma intensidade para termos 60 ou 70 minutos de posse de bola. No campo do adversário? Não. Posse de bola dentro de todo o campo, linha baixa, média e alta. Se você tem marcação intensa, aumenta o percentual de posse de bola.

Vai dar certo?

– Estou esperançoso porque acho que essa temporada vai ser bastante feliz. Não nasci para perder. Nasci para ganhar. E esses jogadores aqui têm DNA de vencedor. É só juntarmos isso ao e tornarmos algo muito forte.

– O “eu” é egoísta, é para você mostrar para você sua capacidade profissional. O “nós” somos nós em busca de um objetivo. Nós vamos em busca da conquista. Mas não são só jogadores e comissão. É o torcedor, o centroavante da equipe. Se você não se juntar a nós, fica difícil, porque você é parte integrante desse “nós”. É o principal jogador que entra em campo. Se você não está do nosso lado, fica difícil. Agora, com você do nosso lado, a gente querendo e juntando as forças, dificilmente vão ganhar da gente, principalmente na nossa casa. Na nossa casa ninguém entra e rouba uma cerveja para tomar. Na nossa casa mandamos nós. (Globo Esporte)