O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou na manhã deste domingo, 15, sobre a prisão do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), o general Braga Netto. O petista destacou que respeita a presunção da inocência e não quer que os trâmites sejam os mesmos de quando ele próprio foi preso no decorrer da Operação Lava-Jato.Após ter recebido alta hospitalar depois de seis dias internado, Lula destacou que, caso provado o planejamento de um golpe de Estado, os envolvidos deverão ser punidos severamente.

“Quero dizer que respeito a presunção da inocência. Tudo o que eu não tive, quero que eles tenham. Mas, se for provado o que eles estavam tentando fazer, um golpe neste País, terão que ser punidos severamente”, afirmou.

Prosseguiu: “Não podemos tolerar o desrespeito à democracia e à Constituição. Não podemos aceitar, em um país generoso como o nosso, que haja pessoas tramando a morte de um presidente da República eleito, de seu vice (Geraldo Alckmin) e do juiz (Alexandre de Moraes) que era presidente da Suprema Corte Eleitoral”.

Braga Netto preso

A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desse sábado, 14, o ex-ministro e general Walter Souza Braga Netto na esteira de investigações de um esquema golpista para reverter o resultado das eleições de 2022. Ele foi preso em sua casa no Rio de Janeiro pouco depois das 6 horas.

Braga Netto foi candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente e então candidato Jair Bolsonaro (PL). Ele é general da reserva do Exército e foi um dos indiciados pela PF por tentativa de golpe de Estado. Buscas foram realizadas na residência do ex-ministro e militar, que teve o celular apreendido. Braga Netto tem negado envolvimento em tramas golpistas.

Os mandados judiciais cumpridos neste sábado foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A PF informou que estão sendo cumpridos “um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal”.

Bolsonaro questiona prisão de Braga Netto

Bolsonaro colocou em dúvida a motivação da prisão preventiva realizada mais cedo pela Polícia Federal do general da reserva Walter Braga Netto, que foi seu ministro.

Na rede social X, Bolsonaro escreveu que há mais de 10 dias o “inquérito” (aspas do autor) foi concluído pela PF, com o indiciamento de 37 pessoas e encaminhamento ao Ministério Público. “Como alguém, hoje, pode ser preso por obstruir investigações já concluídas?”, questionou.

(O Povo)