O senador Carlos Fávaro (PSD) foi anunciado oficialmente pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como ministro da Agricultura de sua gestão a partir de 1º de janeiro de 2023. A oficialização ocorreu na manhã desta quinta-feira (29) em Brasília, quando o petista terminou de anunciar os últimos membros do seu staff.
Carlos Fávaro era cotado para o cargo desde as eleições, quando decidiu apoiar Lula (PT) e Alckmin (PSB) desde o primeiro turno das eleições. Junto com ele, também estava sendo cotado o deputado federal Neri Geller (PP). A tendência é que Fávaro inclua Geller em sua equipe, para coordenar a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A confirmação ocorreu após uma longa negociação envolvendo o PSD. Além de Fávaro, outro nome cotado era Kátia Abreu. O ex-ministro Blairo Maggi (PP) também participou das negociações e foi fundamental para cacifar o nome do senador. A negociação ainda passou pela filiação da primeira suplente, Margareth Buzetti no PSD, assim como o segundo suplente, José Lacerda. Buzetti era vista com desconfiança pelo PT, já que apoiou o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições.
Após uma longa articulação, Buzetti se comprometeu a participar da base do governo Lula no PSD. Há ainda uma articulação para que José Lacerda assuma inicialmente, já que Buzetti exerceu o cargo de senadora por 3 meses neste ano.
Carlos Fávaro iniciou a carreira política após ser eleito presidente Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso (Aprosoja-MT) em 2013 e foi um dos articuladores para a formação da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) no Congresso Nacional.
Em 2014 foi convidado para ser candidato a vice-governador na chapa de Pedro Taques. Eleito, chegou a acumular a função de secretário de Estado de Meio Ambiente (SEMA). Em 2018 rompe com Pedro Taques e renuncia ao cargo de vice-governador, e decide apoiar o governador Mauro Mendes (União), sendo candidato ao Senado na chapa.
Fávaro não foi eleito em 2018, porém, com a cassação da ex-senadora Selma Arruda em 2019, ele assume interinamente em março de 2020 após uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Tóffoli, que atendeu um pedido do governador Mauro Mendes, alegando que o Estado ficaria sem um representante no Senado.
No mesmo ano, ocorre a eleição suplementar para o Senado, sendo eleito derrotando a candidata bolsonarista, hoje deputada federal Coronel Fernanda Oliveira Santos.