A expectativa de assumir a liderança do Brasileirão levou mais de 3 mil torcedores do Botafogo ao Independência na noite deste sábado. O empate em 1 a 1 com o América-MG impediu a festa completa, mas o técnico Luís Castro tratou de dar valor ao resultado conquistado fora de casa.

– Às vezes, no futebol, nós colocamos muitos “ses”. O futebol é o que é. Estamos com 12 pontos, temos feito bons resultados fora, em casa oscilamos mais. Somos uma equipe que encara cada jogo como uma grande batalha. O que vemos no Brasileirão é equipes que não conseguem controlar os jogos totalmente. Somos uma equipe dessas – disse o treinador.

– Aquilo que vai ser a equipe no futuro… Prevemos nas nossas cabeças o que gostaríamos de ser. Mas acontece muita coisa pelo meio. Temos uma equipe determinada, que encara cada jogo como uma batalha a ser ganha. Não olhamos o adversário, nada. Jogamos sempre com ambição de ganhar. Quando os adversários são melhores do que nós, temos que parabenizar. Vamos continuar no nosso caminho de ser cada vez melhor do que no jogo anterior – completou ele.

Luís Castro acredita que os times se alternaram na dominância da partida: o América-MG foi melhor no primeiro tempo, e o Botafogo, no segundo.

– Foi um primeiro tempo totalmente dominado pelo América. Tivemos dificuldades de colocar pressão. Eles acharam espaços na nossa defesa. No segundo tempo, dominamos o jogo. Às vezes, é difícil fazer a equipe voltar aos trilhos. É um jogo de duas partes, claramente. Tivemos que fazer várias mudanças na equipe. Jogamos em 3-3-4 em alguns momentos.

– Conseguimos pressionar o América. Houve um largo período do jogo em que não conseguimos finalizações, é verdade. Mas não é que não chegávamos, mas não conseguimos finalizar. Nós tentamos o ataque, mas não conseguimos chegar próximos do gol – disse ele.

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Resultado justo?

Mesmo tendo muitas situações de gol nos minutos finais, o resultado foi justo. Não posso esquecer do primeiro tempo do América. A nossa vitória seria uma injustiça com o bom trabalho do América.

Erison foi mal no jogo?

Muitas vezes, só é atribuído o sucesso ao 9 pelo gol. Para nós, ele foi decisivo no jogo, mesmo quando estava limitado. Colocamos o Matheus para aumentar a pressão na saída de bola do América. O Erison não recebeu bem em alguns momentos, em outros não passou tão bem. Mas há uma coisa que eu não poderia fazer, que é tirar confiança dele. Ele trabalhou em campo e teve seu momento – concluiu.

Mobilização da torcida

A torcida do Botafogo é muito carinhosa, muito dedicada. A torcida reconhece muita honestidade e dignidade no nosso trabalho. Não tem a ver apenas com resultados. Há muita gente que consegue muitos resultados na vida, por exemplo, financeiros, mas sem honestidade e dignidade. Nós mostramos essas qualidades em campo, e a torcida reconhece isso. (GE)