Religare, drama social contemporâneo já começa a ser rodado pelo estado. O longa, com roteiro original e direção de Marithê Azevedo, e produção da Latitude Filmes, foi selecionado pelo Edital Ruth de Souza, e contará a história de três mulheres: Vivi, interpretada por Ediana Souza, Lurdes, interpretada por Kay Sara e Eloah, interpretada por Letícia Sabatella.
A história
O roteiro entrelaça as três histórias em um mosaico de resistência, cura e reconexão com a terra. Suas jornadas se cruzam em meio a conflitos indígenas, exploração ambiental e a busca por um novo equilíbrio entre progresso e tradição. Lurdes, uma indígena que cresceu afastada de suas raízes, embarca em uma jornada para reencontrar seu irmão e reconectar-se com sua cultura ancestral. Enquanto isso, Eloah, viúva de um empresário do agronegócio, ao enfrentar uma crise pessoal busca outras formas de lidar com a terra. E Vivi, uma jovem jornalista idealista, arrisca sua vida para denunciar a violência contra os povos originários, tornando-se uma voz crucial na luta por justiça.
Conforme a diretora, o filme mescla realismo social com elementos místicos:
“Em sintonia com um cinema engajado, em um Brasil dividido entre a ganância e a espiritualidade. Essas mulheres descobrem que religare — do latim, “religar” — não é apenas um conceito, mas um caminho. Seja através da cura ancestral, da justiça ambiental ou da memória dos que foram silenciados e esquecidos, elas encontram forças para reatar os fios rompidos entre os seres humanos e a natureza.”, explicou, Marithê.
O eleco conta o talento de atores locais, dentre eles: Maria Clara Bertúlio, Romeu Benedito, Vera Capilé, Thereza Helena, Luiz Marchetti, Lioniê Vitório, Benedita Xuxa e Ilson Oliveira. Com previsão de lançamento para x, o filme promete emocionar e contar histórias reais, de mulheres em diferentes locais de fala.
A fotografia
Fernanda Tanaka assina a direção de fotografia do longa:
“A ideia da fotografia, em primeiro lugar, é ser naturalista. A princípio, vamos retratar cada núcleo das três personagens de um modo um pouco diferente, em termos da linguagem da câmera, mas não da linguagem da luz, cada uma delas vai ter um jeito diferente de ser filmado. O comportamento da câmera vai trazer um pouco das características daquela personagem e vai buscar um pouco de como cada personagem é e se comporta”
A captação das imagens será realizada com equipamentos do mesmo nível de grandes produções nacionais e internacionais, que serão cruciais para revelar a essência das personagens.
A produção
Gisela Magri explicou que os desafios na direção executiva, num projeto da magnitude do longa metragem Religare, são inúmeros:
“Buscamos desenvolver produtos que gerem impacto junto ao público que possam ser distribuídos por todo território nacional e outros países também. Realizar produções deste nível em um mercado pequeno como nosso é sempre um desafio que envolvem grandes esquemas logísticos, infraestruturas e busca de elenco e profissionais que muitas vezes não conseguimos encontrar aqui. Teremos mais de 50 profissionais envolvidos em todas as etapas e contamos com os melhores de nosso estado, bem como, também a participação de profissionais conhecidos no cenário do audiovisual nacional, que já possuem expertise em grandes produções e com isso proporcionarão mais experiência para o set. O objetivo da Latitude Filmes é entregar uma produção que supere as expectativas e estamos trabalhando duro para isso.”, revelou Gisela, que já produziu, junto a, Latitude Pardais e O Anel de Eva.
Religare foi selecionado e premiado pelo IX Laboratório de Análises e Clínica de Projetos Cinematográficos da Iberoamérica, Bolívia Lab e pelo Concurso de Desenvolvimento de Roteiros do Minc de 2017. Passou pelo Lab Visões Periféricas e pelo Rio2C em 2018; pelo Lab Audiovisual organizado pelo Sebrae em parceria com a Bravi em 2019; LAB Mode On, laboratório, consultorias virtuais para projetos audiovisuais do Sebrae em 2020, selecionado pelo Edital do MINC/Ancine Ruth de Souza para filmes dirigidos por mulheres, para a sua realização.