A “Operação Desmanche S/A”, deflagrada na manhã desta terça-feira (26) pela Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos (Derfv), mirou as empresas Casa da Picap, Ferreira Auto Peças, Oficina do Guga e Scan Vulvo, que são lojas de autopeças de Cuiabá e Várzea Grande supostamente envolvidas no esquema de desmanche desmantelado. Outras empresas sediadas em outros munícipios do Estado também foram alvos.

Além disso, a polícia ainda cumpre mandados de prisão e busca e apreensão contra alguns empresários e funcinários que participavam do esquema criminoso de roubo e desmanche de veículos para vender peças para empresas do Estado. Com isso, os revendedores conseguiam comercializar um valor abaixo da concorrência.

Conforme as investigações, as empresas apresentavam faturamento e atividade econômica que destoavam substancialmente do padrão comum em seu setor, levantando suspeitas sobre a legalidade de suas operações.

ESQUEMA FINANCEIRO

Diante dos levantamentos, foi determinado o bloqueio e o sequestro de R$ 46 milhões das contas bancárias dos investigados, resultado de movimentações financeiras altamente suspeitas e incompatíveis com suas atividades declaradas.

A contadora do grupo teve o registro no Conselho de Contabilidade suspenso e ainda é alvo de mandado de prisão temporária, decretado pela Justiça.

Entre os 32 veículos de luxo adquiridos com valores do crime, alvos de sequestro na operação, estão um Ford Mustang, três caminhonetes Amarok V6, duas Toyota Hilux, dois Toyota Corolla, duas Chevrolet S10, uma motocicleta Harley Davidson e uma Ford Ranger.

Também são cumpridos 22 mandados de sequestro de bens imóveis, abrangendo todos os Cartórios de Registro de Imóveis do país, sobre os bens registrados em nome das pessoas físicas e jurídicas alvo da investigação.

Entre as ordens judiciais cumpridas na operação estão 19 mandados de prisão temporária, 26 de busca e apreensão, além de sequestro de bens móveis e imóveis (incluindo 32 veículos de luxo), suspensão de atividade econômica e financeira de 12 empresas utilizadas para desmanche de veículos e a suspensão de exercício de atividade financeira de uma mulher identificada como contadora do grupo criminoso.

(HNT)