Estamos a comemorar os 40 anos de esplendorosa existência da Taberna Portuguesa. Na verdade, a Taberna Portuguesa desconhece a transitoriedade do tempo.
A sua expressiva significação e excelência de majestático lustro nascida da dedicação e sonho de Sônia e Bento a fez transformá-la na mais linda flor da gastronomia lusitana a renascer a cada primavera, ou melhor, a cada manhã, e a sempre transcender a inexorabilidade fugaz do tempo, chegando até mesmo a utopicamente ter saudade do futuro.
A explicação desta inusitada condição em que se coloca diante do mundo temporal é de fácil entendimento, afinal, a Taberna Portuguesa nasceu da semente benfazeja de além-mar, desgarrada daquele jardim a beira mar plantado, ou seja, da nossa terra mãe, e pelos ventos favônios guiados pelas antenas espirituais benditas germinou e floresceu no nosso solo pátrio, mais precisamente, em solo cuiabano.
Essa linda flor emblemática, fruto da dedicação e grandeza d’alma de Sônia e Bento, nos faz pela majestática existência declinarmos regozijantes de alegria diante da nossa própria origem e em um tributo de reconhecimento e gratidão ao valor exponencial dos nossos ancestrais e fraternos irmãos da terra lusitana.
A sua expressiva significação e excelência de majestático lustro nascida da dedicação e sonho de Sônia e Bento a fez transformá-la na mais linda flor da gastronomia lusitana a renascer a cada primavera
A Taberna Portuguesa registra nesta terra presença indelével, radiosa e triunfante da gastronomia lusitana, bem como, se revela como generosa ribalta de culto perene as nossas raízes históricas. Percebemos que essa linda flor lusitana em verdade robustece a união fraterna de duas pátrias. A confraternidade e o calor humano que bem a caracterizam e ressaltam a sua existência, graças à fidalguia e o bem acolher de Sônia e Bento, nos faz viver uma felicidade plena e nos sentirmos em uma só pátria.
Neste átrio providencial e aconchegante, em especial nessa engalanada noite, estamos a contemplar os especiais convivas a também, entusiasticamente, regar juntamente com Sônia e Bento esta linda flor lusitana, comungando, assim, neste processo simbiótico em que estes arquitetos do primor, delineadores de sonhos, nos fazem sentir em exacerbada eubiose, ou seja, em sublimar bem viver, a nos fazer lembrar os versos do poeta Tiago de Melo e sentirmos neste alcândor o desejo incontido de abrir uma janela no nosso peito para sentir o resplendor do orvalho, a cintilância e fulgor das estrelas e o arco-íres do amor.
*TEOCLES ANTUNES MACIEL NETO é advogado, ex-prefeito de Barão de Melgaço e ex-deputado estadual.