A equipe feminina conquistou a medalha de bronze na final por equipes da ginástica artística nesta terça-feira, 30, nos Jogos Olímpicos de Paris, na Arena Bercy. O pódio na categoria é algo inédito para o Brasil.
Liderada por Rebeca Andrade, a Seleção Brasileira foi representada por Lorrane Oliveira, Júlia Soares, Jade Barbosa e Flávia Saraiva. Elas ficaram atrás apenas dos Estados Unidos e da Itália, que conquistaram respectivamente a medalha de ouro e prata.
Logos após a cerimônia de entrega das medalhas, a equipe de ginastas conversou com a Globo. Jade Barbosa, reconheceu erros e dificuldades no desempenho, mas não deixou de celebrar a conquista.
“É difícil falar nesse momento, a gente trabalhou duro demais, dia após dia, poucas pessoas vão saber o quão duro foi, estamos muito felizes com o que conquistamos hoje. É impressionante que tudo que aconteceu e que a gente não esperava, a gente treinou para isso. Eu tenho muito orgulho do que a gente construiu ao longo desse caminho”, disse ela, visivelmente animada.
Flávia Saraiva, que se machucou logo no aquecimento das barras assimétricas, deu detalhes de como superou a dor para não desfalcar o time. Segundo ela, a adrenalina foi uma ótima aliada neste momento.
“Meu Deus, nem me fale. Quando eu percebi, eu estava no chão,deitada e com o joelho no rosto. Só olhei para o lado e o Chico [técnico da equipe de ginastas] falou: ‘Seu rosto está sangrando, está sagrando’. Depois disso, acordei”, disse ela, entre risos.
A líder da equipe, Rebeca Andrade, que assim como Flávia se apresentou em todos os aparelhos, assumiu que o cansaço a dominou em alguns momentos. Dona da maior nota da equipe, um 15,100. Ela se orgulha.
“[Não sei como consegui a nota], dei meu jeito. Eu realmente estava nervosa, estava bem cansada do solo, mas confiança é aquilo, faz diferença. Confiar no nosso trabalho, na nossa equipe ajuda muito”, disse ela.
Lorrane Oliveira, responsável por abrir a disputa por equipes, também reconheceu certa ansiedade. Segundo ela, não estava em seus melhores dias, mas está feliz com o que conseguiu entregar.
“Sim, é uma responsabilidade muito grande, é dificil abrir a competição. Eu já estou acostumada, mas confesso que hoje estava um pouco mais nervosa. Houveram algns problemas, não foi minha melhor série, mas lutei até o final”.
Júlia Soares, por sua vez, comentou sobre chegar ao posto de ‘medalhista olímpica’ com apenas 18 anos. “É difícil de acerditar, estou com essa equipe maravilhosa e como todas disseram houve meus erros, erros da equipe e acontece, é competição. No solo, eu estava cansada, mas dei meus 110% e deu no que deu”.
(Redação Terra)