Virginia Mendes
“Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém” é uma frase de origem bíblica, encontrada na primeira carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 6, versículo 12. Essa expressão significa que, embora possamos ter liberdade para fazer muitas coisas, nem todas elas são apropriadas ou benéficas para nós. É um lembrete de que devemos exercer discernimento e responsabilidade em nossas escolhas para evitar consequências negativas.
A liberdade, o discernimento e a responsabilidade são pilares fundamentais na condução de nossas vidas. A liberdade nos concede a capacidade de fazer escolhas, de decidir o caminho que desejamos seguir. É um poderoso presente que nos permite explorar e moldar nosso destino.
No entanto, a liberdade vem acompanhada do discernimento. Ter discernimento significa não apenas fazer escolhas, mas também compreender as implicações e consequências de cada decisão. É a habilidade de enxergar além do momento presente, considerando os efeitos a curto e longo prazo de nossas ações.
Nesse contexto, a responsabilidade se torna essencial. Com a liberdade de escolher e o discernimento para fazer escolhas sábias, também assumimos a responsabilidade pelas nossas ações. Cada decisão que tomamos afeta não apenas a nós mesmos, mas também as pessoas ao nosso redor e o mundo em geral.
A liberdade sem discernimento e responsabilidade pode se tornar um caminho perigoso. Escolhas impulsivas ou egoístas podem levar a consequências indesejadas, prejudicando não só a nós mesmos, mas também aqueles que amamos.
É fundamental lembrar que somos seres interdependentes e nossas ações têm impacto no coletivo. A liberdade deve ser exercida com sabedoria, considerando o bem-estar de todos. O discernimento nos ajuda a fazer escolhas alinhadas com nossos valores e objetivos, buscando sempre o crescimento pessoal e o bem comum. A responsabilidade nos convida a ser agentes ativos da nossa própria vida, assumindo o controle das nossas escolhas e aceitando as consequências que elas trazem.
Ao fazer isso, fortalecemos nossa autonomia e amadurecemos como indivíduos.
Portanto, é crucial cultivar uma mentalidade consciente, que nos permita exercer nossa liberdade com discernimento e responsabilidade. Através desse equilíbrio, encontramos uma trajetória mais significativa e gratificante, construindo um futuro que seja verdadeiramente nosso, em harmonia com os outros e com o mundo ao nosso redor.
Que este artigo sirva como reflexão para todos, visto que estamos apenas de passagem neste mundo. Faça o bem! Não importa a circunstância, ainda que lhe façam o mal, responda com amor. Lembremos que tudo nos é permitido, mas nem sempre nos convém. A justiça do homem pode demorar, mas a de Deus não falha.
Virginia Mendes é economista e primeira-dama de MT