O lateral-direito Bryan teve uma experiência, nesta quinta-feira, da qual certamente nunca esquecerá. O jogador do Náutico deu apoio à esposa, Myllena Barbosa e fez o parto da própria filha, Cecília, no saguão do prédio da cunhada, na Zona Norte do Recife. A história foi revelada pelo jogador, que demonstrou toda a felicidade com o momento.
“Foi algo sensacional, perfeito, maravilhoso. Vai ficar marcado pro resto da minha vida, vou poder contar para ela.”
O parto
As contrações da mãe começaram na quarta-feira, à tarde, mas ainda leves. Bryan foi avisado enquanto fazia trabalho de fisioterapia no clube e foi para casa. No final do dia, a situação não pareceu evoluir – o que sugeriu ao casal que a filha ainda demoraria a vir ao mundo.
– Às cinco da manhã ela me acorda, dizendo que a bolsa tinha estourado. Perguntei o que a gente ia fazer, achando que a gente tinha que correr para o hospital, mas ela pediu para ligar para o médico, falou para ficar tranquilo, que não tinha acontecido nenhuma contração muito forte – disse Bryan.
O jogador ligou para o obstetra e para a doula, profissional que acompanha a gestação e o parto. Eles orientaram o casal a ficar tranquilo e contar as contrações e o intervalo entre elas.
“Ela foi tomar banho, logo em seguida, quando voltou, contou que estava tendo contrações bem dolorosas. Comecei a dançar com ela, para aliviar, distrair. As contrações vinham em seguida. Não demorava uma, já vinha outra.”
A total tranquilidade que havia, então, foi embora. Cecília, afinal, estava para chegar. Agora eles precisavam correr. O casal foi para o elevador. No hall de entrada, com dores, Myllena pediu para parar e disse que não conseguia mais andar. As contrações se intensificaram. Ela estava na fase “ativa” do parto, quando o nascimento se aproxima.
– Coloquei ela no sofá do hall. Meu carro estava fora, eu tinha que buscar, mas logo em seguida pensei que não tinha como deixá-la sozinha. Peguei ela num braço, as bolsas no outro e fui caminhando bem devagar.
A ideia dele ainda era ir ao hospital. Mas a mãe tinha uma informação que mudaria tudo. Ela chamou Bryan.
Para facilitar a saída do bebê, Bryan tirou a calcinha da esposa. Mas não foi só a roupa que saiu.
“Quando ela colocou a mão embaixo, nesse momento, sentiu a cabeça do neném. Falou: ‘Amor, corre aqui. Acho que a cabeça da neném. Cecília vai nascer’. Eu coloquei a mão e realmente já estava a cabecinha dela do lado de fora.”
– Logo que eu tirei a calcinha, a neném veio, se jogou nos meus braços. Depois, meu compadre, Davi, me deu uma toalhinha, cobri Cecília. Aí, como o carro estava na frente, a gente foi correndo para o hospital.
Após o nascimento, aí sim, eles conseguiram ir ao hospital. Lá, receberam o atendimento e os cuidados do pós-parto e para o bebê. A mãe e a menina passam bem. Os três estão nas nuvens.
– Foi o dia mais feliz da minha vida, sem dúvida. Foi algo muito especial. Se tivesse que escolher, teria escolhido ter nascido dessa forma – disse Bryan. (Globo Esporte)