A justiça suíça rejeitou três recursos apresentados por Nasser Al-Khelaïfi, presidente do grupo de televisão beIN Media e do Paris Saint-Germain, acusado em um caso de corrupção relacionado à concessão de direitos televisivos da Copa do Mundo.
A decisão publicada nesta quarta-feira pelo Tribunal Penal Federal da Suíça rejeitou os argumentos de Khelaïfi contra as acusações de dois promotores federais e uma assistente da promotoria federal.
Nasser havia solicitado a rejeição das acusações dos três membros do Ministério Público Federal (MPC) alegando que “a audiência de 6 de dezembro de 2019 não lhe deu tempo suficiente para abordar todas os pontos que desejava”. O empresário também criticou a promotoria federal “por não ter indicado um perito judicial independente e neutro”.
O presidente do PSG também considerou que “as provas apresentadas espontaneamente pela defesa não teriam sido consideradas”. A justiça suíça, por sua vez, considerou que as partes “tiveram a oportunidade de se expressar sobre os fatos e as acusações feitas”.
O caso envolvendo Al Khelaifi refere-se à concessão de “direitos de mídia de diferentes edições da Copa do Mundo e da Copa das Confederações”. O dirigente catari chegou a um acordo amigável com a Fifa, que mais tarde retirou a denúncia de corrupção contra ele.
O ex-número 2 da Fifa, Jérôme Valcke, foi acusado no mesmo caso de “corrupção passiva, gestão desleal múltipla e falsificação de documentos”.
Al Khelaifi e um terceira pessoa, atuante na área do direito desportivo, mas cujo nome não foi revelado pela justiça suíça, são acusados de “instigar a gestão desleal qualificada cometida” por Valcke, que ocupou o cargo do secretário-geral da Fifa. Essa terceira pessoa é acusada também de “corrupção ativa”.
Segundo o MP, Valcke usou sua influência entre 2013 e 2015 para orientar “os processos de concessão de direitos de mídia para a Itália e a Grécia em diferentes Copas do Mundo e Copas das Confederações da Fifa no período de 2018 a 2030”. (Globo Esporte)