O colégio particular Maxi, de Cuiabá, comunicou para pais e alunos nesta sexta-feira (14), que foi obrigado pela Justiça a aceitar a matrícula da adolescente B.O.C., 16 anos, autora do disparo que matou Isabele Ramos, em julho de 2020. A menor estava internada no Centro Menina Moça, anexo ao Complexo do Pomeri, desde janeiro de 2021, mas ganhou direito à liberdade no dia 8 de junho deste ano.
Em comunicado oficial, o Maxi afirmou que rematriculou a aluna obedecendo a decisão judicial. Além disso, pediu a colaboração de familiares e afirmou que “organizou as providências necessárias para a manutenção do bom ambiente escolar”.
O retorno da aluna para a escola deve ocorrer já nesta segunda-feira (17).
A decisão revoltou pais de outros alunos do colégio, que prometem protestar na porta da escola e cogitam até mesmo retirar seus filhos da unidade de ensino, caso a adolescente realmente vá à aula.
“Eu não vou ficar em paz sabendo que tem uma assassina descontrolada lá, que com qualquer coisinha pode tirar um canivete da bolsa e matar uma filha minha. O que é isso? Onde é que estamos?”, revoltou-se a mãe de uma das alunas, em áudio de um grupo de WhatsApp, ao qual o Repórter MT teve acesso.
Em nota, o Colégio Maxi afirmou que não irá comentar sobre o caso, que corre em segredo de Justiça.
No dia 8 de junho de 2022, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso acatou recurso e mandou soltar a menor B.O.C. Ela estava internada no Complexo do Pomeri desde janeiro de 2021 por matar a melhor amiga, Isabele Ramos, em 2020, com tiro no rosto.
Em sessão de julgamento, o Colegiado alterou a acusação de crime análogo a homicídio doloso – com intenção de matar – para homicídio culposo. Ou seja, aceitou a alegação de tiro acidental da defesa da menor. Desde então, ela segue em liberdade.
Fonte: Repórter MT